Brasil, 1 de junho de 2025
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João Fonseca e a trajetória que lembra Guga em Roland Garros

João Fonseca se inspira em Guga enquanto avança em Roland Garros, desafiando o britânico Jack Draper na terceira rodada.

Um jovem tenista brasileiro esbanjando carisma no saibro francês. Hoje, a frase resume bem João Fonseca, que enfrenta o britânico Jack Draper na terceira rodada de Roland Garros, neste sábado, não antes das 8h20, de Brasília — a ESPN 2 transmite. Há 30 anos, a sentença definiria perfeitamente Gustavo Kuerten, que se tornaria campeão do Grand Slam em Paris, aos 20 anos.

A jornada de Fonseca e as comparações com Guga

Isso já bastaria para alimentar as comparações sem fim entre os dois tenistas, que rapidamente conquistaram a torcida na França. Mas as semelhanças não param por aí no piso de terra parisiense. Coincidentemente, Fonseca, em sua estreia como profissional em Roland Garros, vem trilhando caminho bem parecido ao de Guga, no ano do primeiro título, em 1997.

Ambos, por exemplo, figuravam em posições bem parecidas no ranking da ATP. João começou o torneio em 65º; Guga aparecia uma colocação abaixo (66º). Os oponentes de estreia também viviam momentos semelhantes. No início da semana, João Fonseca bateu o polonês Hubert Hurkacz, que havia perdido a final do ATP 250 de Genebra, no saibro, para Novak Djokovic dias antes. Guga Kuerten, em sua estreia em 1997, enfrentou o tcheco Slava Dosedel, também finalista em torneios na gira do saibro antes de Roland Garros. Mas teve uma diferença: enquanto João venceu por 3 a 0, Guga precisou de cinco sets para seguir na competição.

Desafios na competição

A segunda rodada reservou para ambos especialistas em duplas. Guga enfrentou o sueco Jonas Bjorkman, multicampeão da categoria; Fonseca teve dura batalha diante do francês Pierre-Hugues Herbert. A sincronia das trajetórias persiste na terceira rodada: o quinto cabeça de chave como adversário. Em 1997, o oponente do brasileiro foi o austríaco Thomas Muster, campeão de Roland Garros dois anos antes. Neste sábado, o carioca joga com Draper, vice-campeão no Masters 1000 de Madri e campeão em Indian Wells, em março. Inclusive, João perdeu para o britânico na segunda rodada do ATP 1000 da Califórnia por 2 sets a 0, com direito a um pneu: 6/4 e 6/0.

A influência de Guga na vida de Fonseca

O carioca de 18 anos também não consegue se distanciar totalmente do tema. Apesar de não ter acompanhado o fenômeno Guga — João Fonseca nasceu em 2006, pouco antes da aposentadoria do ídolo —, o tenista catarinense é um dos maiores símbolos do tênis brasileiro justamente pelo tricampeonato no Grand Slam francês (1997, 2000 e 2001), alçando ao posto de número 1 do mundo, onde ficou por 43 semanas.

— Jogando na quadra de saibro, aqui em Roland Garros, e ganhar minha primeira partida já é um sonho. Mas, com certeza, o sonho maior é conquistar esse torneio. Ainda mais sabendo que a gente tem o Guga, que ganhou três vezes aqui e é um ídolo. Acho que seria um sonho vencer aqui, com certeza — disse João Fonseca após a vitória na estreia do torneio à ESPN.

Guga, por outro lado, acompanha o crescimento do jovem e se surpreende com o progresso dele.

— Em qualquer lugar que ele for, ainda, é permanecer dentro do processo de treinamento, de dedicação, constante empenho para se dedicar, conhecer o circuito, tirar experiência de toda e qualquer partida, vitória e derrota. Estou muito confiante de que eles estão fazendo uma trajetória bastante eficaz. O João vive experiências boas e consegue aprender com uma velocidade fora do comum — afirmou Guga, quando entrou no Hall da Fama do COB.

Essa conexão entre passado e presente revela não apenas a evolução de João Fonseca, mas também a continuidade do legado deixado por Guga Kuerten. Enquanto Fonseca se prepara para o desafio de enfrentar Draper, o Brasil assiste, esperançoso, essas comparações que, embora carregadas de pressão, também trazem a possibilidade de novos êxitos no tênis nacional.

Com cada jogo, a memória de Guga se renova, e a torcida brasileira se une em torno de um novo ídolo, torcendo por João Fonseca na busca pelo seu próprio espaço na história do tênis.

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