Brasil, 1 de junho de 2025
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Governo Lula anuncia contenção de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025

Governo detalha cortes significativos no orçamento de 2025, afetando diversas pastas e emendas parlamentares.

Na última sexta-feira, 30 de maio, o governo Lula anunciou a contenção de R$ 31,3 bilhões em despesas no Orçamento de 2025. Esse conjunto de cortes, publicado em um decreto na edição extra do Diário Oficial da União, impactará diversos ministérios e programas federais, incluindo uma redução de R$ 7,1 bilhões em emendas parlamentares. Essa medida é um reflexo da busca por equilíbrio fiscal e controle das contas públicas.

Detalhes da contenção abrangente

Do valor total de R$ 31,3 bilhões, R$ 20,7 bilhões referem-se a contingenciamento, o que significa que esses recursos ficam temporariamente indisponíveis, com possibilidade de liberação ao longo do ano, enquanto os R$ 10,6 bilhões restantes correspondem a bloqueios definitivos, que não estarão disponíveis para execução.

O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) será um dos mais afetados, com uma redução de R$ 7,6 bilhões. Além disso, outros R$ 16,5 bilhões da contenção foram distribuídos entre órgãos da administração pública, que enfrentarão desafios significativos para manter suas operações dentro das novas diretrizes orçamentárias.

Principais ministérios impactados pela contenção

A lista dos ministérios mais afetados pelos cortes no orçamento é extensa e evidencia a diversidade de áreas que poderão sofrer com a redução de recursos. As pastas e os respectivos valores atualmente bloqueados são:

  • Ministério das Cidades: R$ 4,288 bilhões;
  • Ministério da Defesa: R$ 2,593 bilhões;
  • Ministério da Saúde: R$ 2,366 bilhões;
  • Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 2,123 bilhões;
  • Ministério dos Transportes: R$ 1,487 bilhão;
  • Ministério da Fazenda: R$ 1,414 bilhão;
  • Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: R$ 1,302 bilhão;
  • Ministério de Portos e Aeroportos: R$ 780,8 milhões;
  • Ministério da Justiça e Segurança Pública: R$ 748,6 milhões;
  • Presidência da República: R$ 681,6 milhões;
  • Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 679,9 milhões;
  • Ministério da Agricultura e Pecuária: R$ 622,8 milhões;
  • Ministério da Previdência Social: R$ 586,4 milhões;
  • Ministério das Relações Exteriores: R$ 581,8 milhões;
  • Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar: R$ 502,2 milhões;
  • Ministério do Turismo: R$ 489,3 milhões;
  • Ministério do Esporte: R$ 333,7 milhões;
  • Ministério da Gestão e Inovação: R$ 325 milhões;
  • Ministério do Planejamento: R$ 301,7 milhões;
  • Ministério da Cultura: R$ 254,8 milhões;
  • Ministério do Trabalho e Emprego: R$ 225,8 milhões;
  • Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços: R$ 171,9 milhões;
  • Ministério das Comunicações: R$ 168,8 milhões;
  • Ministério de Minas e Energia: R$ 152,2 milhões;
  • Advocacia-Geral da União (AGU): R$ 140,2 milhões;
  • Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania: R$ 87,4 milhões;
  • Agência Nacional de Transportes Terrestres: R$ 74,1 milhões;
  • Agência Nacional de Telecomunicações: R$ 73,3 milhões;
  • Ministério das Mulheres: R$ 63,4 milhões;
  • Anvisa: R$ 59,2 milhões;
  • Ministério da Pesca e Aquicultura: R$ 53,7 milhões;
  • Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte: R$ 53,6 milhões;
  • Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA): R$ 48,4 milhões;
  • Ministério da Igualdade Racial: R$ 45,4 milhões;
  • Ministério dos Povos Indígenas: R$ 41,6 milhões;
  • Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): R$ 38,6 milhões;
  • Controladoria-Geral da União (CGU): R$ 36,6 milhões;
  • Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis: R$ 34,9 milhões;
  • Ministério do Meio Ambiente: R$ 34,6 milhões;
  • Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): R$ 30,7 milhões;
  • Agência Nacional de Aviação Civil (Anac): R$ 30 milhões;
  • Agência Nacional de Mineração (ANM): R$ 28,7 milhões;
  • Agência Nacional de Transportes Aquaviários: R$ 15,2 milhões;
  • Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade): R$ 12,5 milhões;
  • Agência Nacional do Cinema (Ancine): R$ 11,2 milhões;
  • Vice-presidência: R$ 1,3 milhão.

A manutenção de áreas administrativas

Surpreendentemente, não houve cortes significativos nos orçamentos do Ministério da Educação (MEC) e do Banco Central (BC). Essas áreas estratégicas se mantiveram com orçamentos preservados, o que pode indicar priorização em setores essenciais para o desenvolvimento social e econômico do país.

Os órgãos afetados pela contenção têm um prazo de cinco dias úteis, até 6 de junho, para apresentar os detalhes das programações que sofrerão restrições. Essa movimentação por parte do governo visa garantir uma execução orçamentária responsável, em um cenário econômico desafiador e com a necessidade de responsabilidade fiscal em todas as esferas do governo.

Com essa medida, o governo Lula sinaliza a sua intenção de administrar as contas públicas com cautela, enfrentando a pressão de grupos parlamentares e a sociedade civil em busca de um desenvolvimento sustentável e viável para todos os cidadãos brasileiros.

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