A cantora Gilmelândia fez sua estreia em plataformas digitais com uma versão belíssima e pessoal da icônica “Velha Infância”, originalmente dos Tribalistas. Ao ritmo contagiante do forró, a artista traz uma nova interpretação da canção, transformando-a em uma emocionante homenagem à sua mãe e ao amor incondicional que vai além do físico.
A colaboração que deu origem a uma nova versão
A ideia de adaptar o clássico, lançado nos anos 2000, surgiu de seu arranjador Léo Castro e da amiga Magda. No início, Gilmelândia ficou surpreendida com a proposta. “Eu falei ‘Meu Deus, gente! Vocês não estão vendo que isso é um clássico?’ Eu sou muito apaixonada por Marisa Monte. Eu digo que ela é a melhor cantora do país. Canta muito, tem muita técnica, é uma professora pra mim. E ‘Velha Infância’ é de uma interpretação, de um arranjo impecável. Não tem o que tirar nem colocar”, revela a artista, reconhecendo a grandeza da original.
No entanto, após refletir sobre o emocionante desafio, Gilmelândia decidiu se aventurar. “A primeira coisa que fiz foi baixar um tom, pra não ficar muito parecido com Marisa”, conta. A cantora traz uma humildade cativante ao afirmar: “Quem sou eu, meu Deus, perto daquela mulher. Ela é incrível.”
Arranjos inovadores e uma mensagem profunda
Os novos arranjos de “Velha Infância” mesclam elementos de percussão baiana ao forró tradicional, criando uma atmosfera moderna e envolvente. Para Gilmelândia, a letra da canção vai além de um amor romântico. “Essa música diz tudo, né? A letra fala de um amor que eu até comparo com o amor de Jesus”, reflete, destacando trechos como “Seus olhos, meu clarão/ Me guiam dentro da escuridão”.
A emoção da cantora é palpável ao relacionar a música com sua própria história. “Minha mãe faleceu, então fiz uma homenagem a ela com essa música, que tem muito a ver com minha mãe. Ela, assim como eu e muitos brasileiros, era apaixonada por Marisa”, explica. “A música fala desse amor incondicional, além da carne, e representa perfeitamente o amor de mãe também.”
Uma paixão pela música e os ícones brasileiros
Além de falar sobre suas influências, Gilmelândia também menciona sua admiração por Carlinhos Brown. “Brown pra mim é um gênio”, diz, com entusiasmo. “Fui ao estúdio dele pedir uma música e passei 24 horas com ele. O cara tocava piano, guitarra, percussão, fez não sei quantas músicas.” Sua empolgação ao falar do artista deixa claro seu respeito pelos compositores e pela música brasileira.
Gilmelândia recorda seus tempos de cantoria em bares, onde seu repertório incluía muito de Marisa Monte. Sua versatilidade musical a habilita a interpretar “Velha Infância” de uma forma única. “Quando se fala de amor, por mais que seja um forró, eu me entrego. Eu cantava muita MPB, então não foi tão difícil interpretar”, comenta. O que a preocupava era a opinião da própria Marisa sobre sua versão. A boa notícia é que todos os compositores, inclusive Marisa e Brown, ouviram e aprovaram a nova interpretação.
Ouça a nova versão no Spotify
Com sua nova versão de “Velha Infância”, Gilmelândia não apenas apresenta uma interpretação criativa, mas também toca o coração de quem a ouve. Para conferir a música, acesse o link abaixo:
Com uma nova interpretação que mescla emoção, tradição e inovação, Gilmelândia reafirma seu lugar na música brasileira, trazendo à luz sua história e a de sua mãe por meio de uma canção que toca a todos nós.
