Brasil, 1 de junho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Como o aumento real do salário mínimo comprime os gastos do governo

Especialistas alertam que a política de reajuste do salário mínimo acima da inflação pressiona o orçamento público e limita gastos com investimentos

A política de aumento real do salário mínimo, ou seja, com reajustes acima da inflação, é um dos principais fatores que comprimem os gastos do governo, alertam economistas. Essa correção impacta diretamente as despesas obrigatórias, especialmente com Previdência e benefícios sociais, dificultando a ampliação de investimentos e o custeio da máquina pública.

Qual é a crise no Orçamento?

A dimensão do aperto orçamentário ajuda a entender a pressão exercida sobre o governo. Após elevar o IOF para fechar as contas deste ano, o Ministério da Fazenda anunciou um congelamento de R$ 31,3 bilhões nas despesas e espera arrecadar cerca de R$ 20 bilhões com o aumento do imposto. Segundo o governo, sem a derrubada do aumento do IOF pelo Congresso, não há espaço para ampliar os cortes de gastos.

Mas por que é tão difícil cortar as despesas?

Especialistas afirmam que o crescimento real do salário mínimo é o principal fator que pressiona as despesas obrigatórias do governo. Como essa política elevado o piso salarial, sobra pouco para gastos discricionários, como investimentos e custeio. Além disso, as emendas parlamentares, que representam uma parcela significativa dessas despesas livres, vêm aumentado seu peso na composição do orçamento.

E por que o salário mínimo afeta tanto as contas do governo?

Nos últimos anos, o salário mínimo foi reajustado acima da inflação. Apesar de a regra ter sido alterada recentemente para limitar o reajuste a 2,5% acima da inflação em 2025, há argumentos de que o ideal seria congelar o piso salarial, apenas reajustando pela inflação. O impacto no orçamento é grande porque, atualmente, 70% dos benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS correspondem a um salário mínimo. Com o envelhecimento da população, os gastos com Previdência e BPC crescem mais rapidamente.

Por que o salário mínimo tem tanto peso no Orçamento?

As despesas com Previdência representam a maior fatia dos gastos obrigatórios do governo. Os benefícios, vinculados ao salário mínimo, aumentam conforme a correção do piso salarial, o que, aliado ao envelhecimento populacional, faz com que essas despesas cresçam acima do ritmo do orçamento total. Recentemente, o BPC também passou a ter um peso relevante nesse cenário.

O que sobra para gastar?

O orçamento do governo é altamente engessado, com uma grande parcela destinada a despesas obrigatórias, sobretudo a Previdência. Essa rigidez limita a capacidade de gastar com ações discricionárias, como investimentos públicos e melhorias na gestão.

Para onde vão as despesas livres?

Gastos discricionários, ou seja, não obrigatórios, como investimentos e custeio da máquina pública, vêm sendo corroídos pelo aumento das emendas parlamentares e pela prioridade dada às despesas obrigatórias, principalmente a Previdência.

Para entender melhor essa relação entre salário mínimo, despesas obrigatórias e impacto no orçamento, confira o artigo completo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes