Neste sexta-feira, a China anunciou a proibição de todas as importações diretas e indiretas de produtos avícolas provenientes do Brasil, buscando evitar a entrada da gripe aviária no país. Além disso, todos os resíduos de origem vegetal e animal vindo do Brasil deverão passar por processos de desinfecção, conforme comunicado da agência aduaneira chinesa.
Impactos na exportação brasileira de frango
Essa ampla restrição, que abrange toda a cadeia de produtos avícolas, lança incertezas sobre o futuro das exportações brasileiras de carne de frango. Segundo dados do Ministério da Agricultura, o Brasil respondeu por cerca de um terço das exportações mundiais de carne de frango em 2024, com a China sendo responsável por mais de 10% dessas vendas. No ano passado, o comércio bilateral movimentou aproximadamente US$ 1,5 bilhão.
Recentemente, o governo brasileiro suspendeu os embarques de frango para a China e a União Europeia por 60 dias, após a confirmação de um caso de influenza aviária altamente patogênica em uma granja no país. A medida visa conter o avanço da doença, que já levou à suspensão de compras em diversos mercados.
Perspectivas de negociação e flexibilização
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, revelou que está em tratativas com parceiros internacionais, incluindo a China, solicitando a regionalização da suspensão das compras de frango brasileiro. A ideia é restringir o embargo ao Rio Grande do Sul ou a uma área de 10 km ao redor do foco de contaminação.
Segundo interlocutores do Ministério da Agricultura, o governo brasileiro teria enviado às autoridades sanitárias chinesas uma solicitação de flexibilização dos protocolos de importação. Enquanto isso, a China ampliou suas restrições, agora proibindo todos os produtos relacionados a aves do Brasil, incluindo carne e resíduos.
Desafios e futuros desdobramentos
Especialistas avaliam que a ampliação das restrições pela China pode impactar significativamente o صادرات brasileiro de frango no curto prazo. Governo e setor produtivo continuam negociando para reverter ou reduzir o impacto dessas medidas, buscando alternativas em mercados que permanecem abertos, como aponta o setor de exportação brasileiro.
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