A busca pelo corpo do empresário Nelson Carreira Filho, de 43 anos, desaparecido desde o dia 16 de maio, continua em Miguelópolis, interior de São Paulo, e se estendeu para o seu segundo dia sem resultados concretos. O caso ganhou notoriedade após a policia suspeitar que Nelson tenha sido assassinado em uma emboscada e seu corpo desovado em um trecho do Rio Grande, próximo ao rancho de Marlon Couto, um dos principais suspeitos da trama.
Operação de busca e desafios enfrentados
As equipes de resgate, compostas por bombeiros e policiais civis, concentraram esforços em uma área próxima ao rancho de Marlon Couto, porém a evidência de dificuldades naturais complicou as operações. O cabo Carlos Eduardo Silva, responsável pela missão de resgate, explicou que as condições climáticas, incluindo ventos fortes e chuvas recentes, dificultaram a busca. “Conversamos com os proprietários de ranchos nas proximidades e eles relataram que as condições do tempo podem ter interferido na cena do crime”, afirmou.
Além disso, a localização exata do corpo é um grande obstáculo para a equipe. “É um rio muito amplo. Sem uma referência exata, torna-se desafiador realizar o mergulho. Tentamos procurar ao longo das margens, na esperança de que o corpo possa ter flutuado”, comentou Silva. O mergulho é visto como uma alternativa viável, mas a equipe enfrenta a ausência de informações concretas sobre onde procurar.
Novas hipóteses e pistas relevantes
Outro ponto relevante levantado durante a investigação é a teoria de que o corpo de Nelson poderia ter sido colocado em um saco plástico pesado para afundar no rio. Silva mencionou que, em algumas situações anteriores, corpos foram encontrados com pedras amarradas a eles para dificultar a flutuação. “A ausência de informações claras torna a busca semelhante a ‘procurar uma agulha em um palheiro’”, ressaltou.
Uma nova pista surgiu através de imagens de câmera de segurança, capturadas no dia 16 de maio, que mostraram uma caminhonete passando perto do rancho de Marlon Couto. As autoridades acreditam que essas são informações valiosas que podem direcionar as buscas.
Circunstâncias do crime
O assassinato de Nelson Carreira Filho parece ter sido fruto de um desentendimento financeiro com os suspeitos Marlon Couto e Tadeu Almeida, que estavam com o empresário no momento da fatalidade. Tadeu, que presenciou o crime, relatou que Marlon efetivamente disparou contra Nelson durante uma reunião em Cravinhos, resultando em sua morte. As investigações estão averiguando se Nelson teria exigido uma quantia de até R$ 100 mil de Marlon por uso indevido de uma marca de produtos, o que teria desencadeado os conflitos entre eles.
Status dos envolvidos
Até o momento, Tadeu Almeida foi preso após suas declarações à polícia, enquanto Marlon Couto e sua esposa, Marcela Silva, permanecem foragidos. A polícia acredita que eles possam tudo saber sobre o destino de Nelson após seu assassinato. A realização de novas buscas está prevista para os próximos dias, enquanto autoridades solicitam qualquer informação que possa ajudar na localização de Marlon Couto e esclarecer os fatos sobre o corpo de Nelson.
A Polícia Civil está mobilizada, e a insistência na busca é um reflexo da gravidade do caso e da necessidade de trazer respostas à família de Nelson Carreira Filho. As operações continuarão, com a esperança de novas pistas que possam levar ao local exato onde o corpo foi ocultado, ajudando a desvelar os mistérios em torno deste caso trágico.
O desaparecimento de Nelson Carreira Filho é mais um triste capítulo que assombra o país, evidenciando a complexidade envolvendo crimes financeiros e suas consequências fatais. Enquanto as buscas persistem, familiares e amigos aguardam ansiosamente por uma resposta e pela justiça que merecem.