Brasil, 2 de junho de 2025
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Adolescente grávida é assassinada no Piauí; padrasto é suspeito

Tragédia com Maria Victória, de 15 anos, levanta questões sobre feminicídio e a segurança de jovens no Brasil.

Maria Victória Rodrigues dos Santos, de apenas 15 anos, foi encontrada morta em sua residência no município de Itaueira, Sul do Piauí, em 24 de março de 2025. A jovem estava grávida de cinco meses e seu padrasto, Ramon Silva Gomes, foi preso como principal suspeito do crime. O caso, que ganhou repercussão nacional, traz à tona a discussão sobre a segurança das adolescentes grávidas e a violência familiar.

O relato da mãe e os últimos momentos com Maria Victória

Em uma emocionante entrevista, Marisa Rodrigues, mãe de Maria Victória, relembrou os últimos momentos que passou com sua filha. Segundo ela, aproximadamente uma hora antes de encontrar a adolescente morta, Maria a chamou para sentir o bebê que estava a caminho, já com nome escolhido: Isaac. “Ela disse ‘mãe, corre aqui que Isaac tá pulando’. Eu fui lá e, após sentir a barriga dela, o neném parou de mexer”, contou Marisa, visivelmente abalada.

Marisa saiu de casa por volta das 19h, em direção à catequese, e ao retornar, por volta das 20h, encontrou a porta da casa aberta. Inicialmente, pensou que a filha tivesse saído com o padrasto. No entanto, ao não conseguir contato com Maria por telefone e ao não encontrá-la no quarto, a situação se tornou alarmante. Ao entrar em seu próprio quarto, a mãe fez a terrível descoberta: “Eu me deparei com minha filha daquele jeito”, relatou, deixando escapar a dor de um momento irreparável.

Investigações e a prisão do padrasto

Depois de um intenso trabalho da Polícia Civil do Piauí, o padrasto de Maria, Ramon Silva Gomes, foi preso na manhã de 30 de março como principal suspeito do assassinato. A polícia afirma ter evidências que contradizem a versão do suspeito, que alegou não estar presente na casa no momento do crime. “Identificamos a presença do senhor Ramon no local do crime, no momento do crime. Essas são provas irrefutáveis que desmentem o que ele disse”, declarou o delegado João Ênio, responsável pela investigação.

Durante a investigação, foram coletadas evidências que incluíram a localização do celular do suspeito, que indicou sua presença na residência na hora do assassinato. As informações contraditórias de Ramon levantaram mais suspeitas sobre sua implicação no crime, o que levou à sua prisão provisória enquanto as investigações continuam.

O estado do corpo e as investigações em andamento

Maria Victória foi encontrada com perfurações no tórax, inchaços no rosto e hematomas nos braços, evidências de um crime brutal que chocou a comunidade. Conforme a polícia, o corpo da vítima foi exumado em 10 de abril para a coleta de provas biológicas que possam auxiliar na elucidação do caso. Contudo, uma faca que os familiares alegaram ter encontrado na cena do crime não foi localizada pelos agentes de investigação, o que levanta dúvidas sobre a dinâmica do crime.

O envolvimento do ex-namorado da adolescente, pai do bebê que ela esperava, foi inicialmente considerado, mas as investigações o isentaram de culpa, consolidando Ramon como o principal suspeito. O delegado Ênio reiterou que a investigação ainda está em andamento e que informações adicionais não podem ser divulgadas para não comprometer a continuidade do trabalho policial.

A importância da proteção das mulheres e adolescentes

O trágico caso de Maria Victória destaca a necessidade urgente de discutir a violência de gênero e a proteção das mulheres e adolescentes no Brasil. Situações como essas ressaltam a importância de criar redes de apoio e segurança para jovens, além de conscientizar a sociedade sobre a gravidade do feminicídio e das agressões domésticas.

Maria Victória representava o futuro e o sonho de ser mãe, porém, sua vida foi interrompida de maneira brutal. O caso ainda está em investigação, e a espera por justiça é a única esperança para sua mãe e todos que cercavam a jovem. A sociedade deve se mobilizar, não apenas para exigir justiça, mas para promover a proteção e prevenção à violência contra mulheres e adolescentes.

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