Brasil, 31 de maio de 2025
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Viviane Noronha se manifesta após prisão de MC Poze do Rodo

Viviane Noronha fala sobre a humilhação após a prisão de MC Poze do Rodo, destacando o impacto na família e a falta de humanidade.

Viviane Noronha, aos 20 anos, usou suas redes sociais na última quinta-feira (29) para discutir os duradouros impactos da prisão de seu marido, MC Poze do Rodo. O artista de 26 anos foi detido sob acusações de apologia ao crime e vínculos com o Comando Vermelho, uma das facções criminosas mais conhecidas do Brasil. As declarações de Noronha não apenas expõem suas emoções, mas também levantam reflexões sobre a brutalidade e a desumanização que muitas vezes cercam situações envolvendo pessoas de periferia.

A situação humilhante da prisão

Em seu desabafo emocional, Viviane descreveu o momento com detalhes chocantes. Ela relatou que estava em casa, tranquila, ao lado da filha Júlia, quando a polícia chegou. “Foi humilhante, foi desumano e foi cruel. Não existiu humildade, não existiu compaixão a nós, nossos filhos. Vocês são isso: tiram a esperança do preto favelado”, iniciou Viviane, crítica ao desprezo que sentiu por parte das autoridades.

Viviane expressou sua indignação ao relatar que, no momento da prisão, seu marido foi impedido de se trocar e arrumar-se de forma digna antes de ser levado. “O mínimo vocês não podiam fazer, né? Marlon colocar um chinelo e uma blusa. Mas envergonhar e humilhar conta mais, né? Marlon é resistência e vocês são lixos”, disse ela, referindo-se ao nome verdadeiro de MC Poze do Rodo, Marlon Brendon Coelho Couto.

A importância do apoio familiar

A situação também reflete as dificuldades enfrentadas pelas famílias das pessoas encarceradas, especialmente em comunidades mais vulneráveis. A narrativa de Viviane revela a luta não apenas por dignidade, mas também por apoio emocional e psicológico em momentos de crise. A presença da filha durante o episódio amplifica a tragédia, mostrando como o sistema penal pode afetar não apenas os indivíduos, mas também suas famílias.

A repercussão na comunidade artística

A prisão de MC Poze do Rodo teve um impacto significativo no meio artístico, especialmente entre seus colegas do funk. Vários artistas se manifestaram em apoio ao cantor, levantando questões sobre a justiça e o tratamento desigual enfrentado por indivíduos de origens humildes. O rapper Oruam e o também funkeiro MC Cabelinho expressaram publicamente suas críticas à brutalidade policial e à prisão de Poze, ressaltando a necessidade de um olhar mais humano sobre esses casos.

MC Cabelinho, um rosto conhecido na televisão, comentou sobre a forma como a arte e a vida de Poze estão intrinsecamente conectadas, enfatizando que as letras do artista refletem a realidade vivida na favela. “A arte é uma forma de expressão, e condenar isso é condenar a nossa verdade”, afirmou Cabelinho durante sua defesa do colega. Esse suporte da comunidade artística é um importante lembrete de que a solidariedade pode ser um pilar em tempos difíceis.

O impacto sobre a imagem pública de MC Poze

Além das questões legais, a prisão de MC Poze do Rodo também levanta preocupações sobre como a imagem pública do artista pode ser afetada a longo prazo. O músico, que se destacou no cenário do funk carioca por sua autenticidade e conexão com a vida nas favelas, agora se vê no centro de uma controvérsia que pode alterar o curso de sua carreira. A maneira como a sociedade lida com casos como o de Poze pode influenciar a forma como outros artistas se sentem sobre sua própria segurança e liberdade de expressão.

Como a história de Viviane Noronha e MC Poze do Rodo se desenrolará nas próximas semanas ainda é incerto, mas uma coisa é clara: a luta deles não é apenas uma batalha pessoal, mas um reflexo das lutas enfrentadas por muitos dentro das favelas brasileiras. A pressa em buscar justiça e dignidade deve ser uma prioridade, não só para eles, mas para todos que vivem à margem da sociedade.

Essa situação nos lembra que a mudança é necessária e que é fundamental humanizar aqueles que são muitas vezes desumanizados em meio a crises que envolvem a lei. O debate social sobre questões de classe, raça e direitos humanos continua sendo essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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