Em uma publicação nesta sexta-feira (30), o ex-presidente Donald Trump declarou que a China violou totalmente o acordo comercial firmado no início do mês na Suíça. A afirmação ocorre em meio ao aumento das tensões entre os Estados Unidos e Pequim, que tiveram uma fase de aproximação após as negociações preliminares.
Trump e as acusações contra a China
Trump utilizou seu perfil na Truth Social para criticar a China, dizendo que “adeus ao papel de bonzinho”, sem especificar detalhes sobre o que considerava violação. “A China, talvez sem surpresa para alguns, VIOLOU TOTALMENTE SEU ACORDO CONOSCO. Adeus ao papel de BONZINHO!”, escreveu o ex-presidente.
Conflitos comerciais e tensões crescentes
O acordo, assinado na Suíça, previa a redução das tarifas retaliatórias por ambos os lados e a continuidade das negociações. No entanto, desde então, as tensões voltaram a escalar, levando o governo americano a reavaliar suas posições. Segundo o ex-presidente dos EUA, Trump pressionou o presidente do Federal Reserve a reduzir os juros, alegando que o banco central cometia um erro.
Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a pedidos de comentário, enquanto Washington aumentou as restrições às exportações de tecnologia e minerais críticos para Pequim. Segundo o Governo Trump, uma decisão judicial dos EUA bloqueou tarifas recíprocas, levando o governo a recorrer da decisão.
Escalada de provocações e o papel da China
Trump também criticou duramente a postura da China, afirmando que o país “não cumpre o acordo” e destacando que Pequim continua a desacelerar o fluxo de minerais críticos e terras raras usadas na cadeia de produção de tecnologia de ponta. “A China continua, vocês sabem, a desacelerar e restringir coisas como minerais críticos e ímãs de terras raras”, afirmou.
Implicações para as negociações internacionais
O cenário atual voltou a colocar em xeque a esperança de uma resolução pacífica da disputa comercial entre Washington e Pequim. O representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, afirmou à CNBC que a China tem agido lentamente na implementação do acordo, especialmente no fluxo de minerais críticos. “Não vimos o fluxo de alguns desses minerais como deveria estar acontecendo”, declarou.
Já o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que as negociações comerciais estão “estagnadas”, sugerindo que uma ligação direta entre Trump e Xi Jinping pode ser necessária para romper o impasse. Pequim também criticou as recentes medidas americanas, classificando-as como “discriminatórias”.
Contexto e perspectivas futuras
O conflito acompanha uma série de ações restritivas dos EUA contra a China, incluindo a revogação de vistos de estudantes e restrições à venda de chips de alta tecnologia. A situação mantém o clima de tensão comercial e política entre as duas maiores economias do mundo, que também envolvem questões de segurança e influência global.
A última conversa oficial entre Trump e Xi Jinping ocorreu em janeiro, antes da posse do ex-presidente dos EUA, e, desde então, as negociações enfrentam obstáculos. Especialistas avaliam que uma solução de curto prazo continua distante, enquanto o comércio e as relações diplomáticas permanecem em um ponto crítico.
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