Um projeto ambicioso e inovador está ganhando força no município de Gilbués, no Piauí. A recuperação de áreas degradadas, coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semarh), está na fase de aplicação de biofertilizantes, uma iniciativa que não só promete revitalizar o solo, mas também introduzir práticas agrícolas sustentáveis na região. Este esforço é realizado em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a empresa AFERT Biofertilizantes.
A aplicação do biofertilizante AFERT
No dia 29 de maio, a equipe do projeto realizou a primeira aplicação do biofertilizante AFERT, composto por microrganismos benéficos e nutrientes essenciais como nitrogênio, fósforo e potássio. Este insumo natural é projetado para melhorar a microbiota do solo, aumentar a retenção de água e fortalecer o enraizamento das plantas, ao mesmo tempo que reduz a dependência de fertilizantes químicos. Além disso, o uso do AFERT promete um impacto ambiental positivo, ajustando a agricultura local às necessidades do meio ambiente.

Benefícios para o meio ambiente e a agricultura
Os benefícios do biofertilizante vão além do aumento da produtividade agrícola. Atingir um solo saudável é crucial para a segurança alimentar e a proteção do ambiente, especialmente em regiões afetadas pela desertificação. A aplicação do AFERT não só revigorará o solo, mas também ajudará na contenção de água, fator vital em períodos de seca, o que pode revolucionar a agricultura em Gilbués e adjacências.
O projeto contempla a recuperação de 10 hectares de solo degradado, com a possibilidade de expansão para outras áreas em todo o estado. Essa iniciativa almeja combater a desertificação, assegurando um futuro mais sustentável e produtivo para os agricultores locais.
Atividades desenvolvidas na etapa atual
Além da aplicação de biofertilizantes, nesta etapa do projeto também foram realizadas atividades essenciais como levantamentos topográficos, a abertura de curvas de nível para retenção de água, e a delimitação de zonas para reflorestamento e produção de hortifrúti e grãos. Para incluir a comunidade no processo, uma parte do fertilizante excedente foi doada a pequenos agricultores da região, estimulando uma rede colaborativa e solidária.

A visão do superintendente da Semarh
Luís Marcelo, superintendente da Semarh, destaca a importância do projeto para o meio ambiente no Piauí. “Essa recuperação é fundamental para reverter o processo de degradação e garantir um meio ambiente mais equilibrado e produtivo para as futuras gerações”, afirmou. A intenção é claro: criar um modelo sustentável de agricultura que possa ser replicado por outras regiões do país.

Com um projeto dessa magnitude em andamento, Gilbués se estabelece como um exemplo positivo de como a ciência e a comunidade podem se unir para restaurar o equilíbrio ecológico e garantir um futuro mais promissor para a agricultura no Piauí.