Brasil, 31 de maio de 2025
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Proibição dos cigarros eletrônicos e a preocupação com a saúde no DF

Após a morte de uma adolescente, o uso de cigarros eletrônicos ganha destaque e gera debate sobre a fiscalização e proibição no Brasil.

O uso de cigarros eletrônicos, especialmente os populares vapes, tem chamado a atenção das autoridades de saúde e da sociedade brasileira, especialmente após o trágico falecimento de uma adolescente de 15 anos no Distrito Federal, supostamente decorrente de complicações relacionadas ao uso desses dispositivos. Apesar de sua proibição pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, a comercialização clandestina continua em ascensão, tornando-se uma preocupação crescente para a segurança pública e a saúde da população.

a morte que gerou alertas

Na quarta-feira (28), a adolescente internou em um hospital local após apresentar complicações severas em seus pulmões. Segundo os médicos, a jovem apresentava uma inflamação grave que comprometeu quase todo o pulmão esquerdo, levando à suspeita de “EVALI” — uma condição que se refere a lesões pulmonares associadas ao uso de cigarros eletrônicos. A revelaçãode que a família desconhecia o uso do dispositivo por parte da adolescente ressalta a necessidade de uma maior conscientização e diálogo sobre os riscos do vaping entre os jovens e suas famílias.

comercialização clandestina no df

Apesar da proibição, a venda de cigarros eletrônicos explodiu em muitas regiões do Brasil, incluindo o Distrito Federal. A TV Globo recentemente realizou uma reportagem que simulou a compra de vapes em diferentes lojas, revelando a facilidade com que esses produtos são adquiridos. Os preços dos dispositivos variam de R$ 60 a R$ 120, e promoções como descontos para pagamento em dinheiro ou via Pix são comumente oferecidas.

Como funciona a venda clandestina?

As lojas que comercializam cigarros eletrônicos frequentemente fazem uso das redes sociais e aplicativos de mensagem para facilitar as vendas. Além de lojas físicas, os consumidores também têm acesso a vendedores ambulantes que oferecem produtos nas ruas. A falta de fiscalização efetiva possibilita a continuidade dessa prática ilegal, alimentando um mercado que desafia as regras estabelecidas pela Anvisa.

responsabilidade das autoridades

Em comunicado, a Anvisa enfatizou que a responsabilidade pela fiscalização e combate à venda de cigarros eletrônicos recai sobre as autoridades locais. Embora a Agência tenha identificado que os dispositivos não contribuem para a redução do consumo de nicotina, mas sim para um aumento do tabagismo, sua eficácia em conter a comercialização tem sido questionada.

fiscalização e apreensões

A Receita Federal reportou que, em 2022, mais de 2,8 milhões de unidades de cigarros eletrônicos foram apreendidas no DF, enquanto, somente até maio de 2023, já eram mais de 740 mil. Contudo, apesar das apreensões, a falta de prisões efetivas levanta dúvidas sobre a real eficácia das ações, uma vez que a maioria dos envolvidos na comercialização clandestina ainda opera impunemente.

o impacto na saúde pública

As preocupações quanto ao uso de cigarros eletrônicos não são infundadas. Estudos mostram que o uso de vapes pode ter consequências sérias para a saúde, especialmente entre os jovens. O caso da adolescente no DF é um alerta para famílias e educadores, destacando a urgência de campanhas educacionais e de conscientização sobre os perigos do vaping. O chamado “EVALI” deve ser amplamente discutido e entendido, considerando os possíveis efeitos fatais no consumo de produtos eletrônicos de tabaco.

precisamos de legislação mais rigorosa?

Com o aumento do uso de cigarros eletrônicos entre os jovens e a comprovada influência negativa na saúde pública, há um apelo crescente por legislações mais rigorosas que evitem a circulação desses produtos nas comunidades. A mobilização de pais, educadores e profissionais de saúde é fundamental para pressionar por mudanças efetivas que protejam os jovens. Ao mesmo tempo, é importante que a Anvisa e outras autoridades competentes atuem de maneira mais eficiente na fiscalização e na aplicação das leis existentes.

O recente incidente envolvendo a jovem de 15 anos é uma chamada à ação, não apenas para as autoridades, mas para toda a sociedade. O diálogo sobre os riscos dos cigarros eletrônicos deve se intensificar, visando proteger as futuras gerações e garantir um ambiente mais seguro para todos.

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