Brasil, 31 de maio de 2025
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Medidas do governo impulsionam crescimento do PIB, adiantando desaceleração

O aumento de estímulos fiscais pelo governo brasileiro pode fortalecer o PIB nos próximos meses, mascarando efeitos futuros da alta dos juros.

Nos primeiros cinco meses do ano, o governo adotou uma série de medidas fiscais, como a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida e a liberação dos recursos do FGTS para saque-aniversário, visando dinamizar a economia brasileira.

Impacto dos estímulos fiscais na economia brasileira

Especialistas ouvidos pelo g1 afirmam que essas ações podem gerar um forte impulso ao Produto Interno Bruto (PIB) neste início de ano, potencialmente adiando os efeitos da política de juros elevados praticada pelo Banco Central. Entre janeiro e maio, a taxa básica de juros, a Selic, foi elevada seis vezes, chegando a 14,75% ao ano, seu maior patamar em duas décadas.

O Banco Central busca conter a inflação pressionada pelo câmbio desvalorizado e pelos preços dos alimentos, aumentando os juros para restringir o consumo e desacelerar a economia.

Dados do PIB mostram consumo aquecido apesar do juro alto

Apesar da política de juros elevados, o consumo das famílias cresceu 1% no primeiro trimestre de 2024, e 2,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo o efeito dos estímulos fiscais promovidos pelo governo.

A economista-chefe da B.Side Investimentos, Helena Veronese, destaca que “as medidas anunciadas têm potencial de impulsionar significativamente a economia neste ano”. Entre elas, destaca-se a ampliação do Minha Casa, Minha Vida, além da liberação do FGTS, antecipação do 13º do INSS e o novo crédito do Consignado do Trabalhador.

Crédito do Consignado do Trabalhador e efeitos futuros

O estudo do Itaú Unibanco aponta que o novo Consignado do Trabalhador pode acrescentar até 0,6 ponto percentual ao PIB entre 2025 e 2026, estimulando o consumo e o mercado de crédito. A versão mais acessível do crédito permite que trabalhadores usam até 10% do saldo do FGTS, além de 100% da multa rescisória por demissão sem justa causa.

Julia Gottlieb, economista do Itaú, afirma que a mudança amplia a concorrência e deve reduzir juros, aumentando o prazo dos empréstimos e o valor das parcelas, permitindo maior consumo por parte dos trabalhadores.

Perspectivas para os próximos meses

O governo sinaliza que pode ampliar os estímulos fiscais, com possíveis medidas como o vale-gás, isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, tarifa social de energia elétrica e linhas de crédito facilitado para entregadores de aplicativo.

Segundo Helena Veronese, “o governo ainda tem mais medidas na manga, indicando que não pretende deixar o PIB desacelerar”.

Repercussões no mercado e projeções futuras

As estimativas do mercado financeiro já refletem essa expectativa, com o boletim Focus revisando as projeções de crescimento do PIB para 2025 de 2,02% para 2,14%, enquanto a previsão para 2026 permanece em 1,70%.

Assim, as ações do governo parecem estar atrasando a desaceleração econômica, levando a um cenário de maior crescimento no curto prazo, porém com possíveis efeitos contrários no médio prazo, à medida que o impacto dos juros elevados se consolidar.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no G1.

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