Na próxima semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitará a França e deve tratar da nova lei antidesmatamento da União Europeia, prevista para entrar em vigor em dezembro de 2025. O objetivo do Brasil é reiterar a oposição à legislação, considerada por setores como soja e carne bovina, como uma ameaça às exportações brasileiras.
Lei antiparasitária da União Europeia e sua repercussão
O novo instrumento legal europeu proíbe importações de produtos agropecuários provenientes de áreas desmatadas desde 2020, independentemente de legalidade, incluindo soja, carne bovina, café, óleo de palma, madeira, couro, cacau e borracha. Segundo o diretor do Departamento de Europa do Itamaraty, Flavio Goldman, essa legislação será um dos principais temas debatidos pelo presidente com o presidente francês, Emmanuel Macron.
Posição do Brasil e relação com a França
O Brasil mantém postura contrária à legislação, alegando que ela pode prejudicar a balança comercial e o desenvolvimento sustentável sem critérios claros. A França, por sua vez, tem uma posição protecionista forte, criticando acordos como o Mercosul-UE e defendendo restrições às importações para proteger seus agricultores.
Contexto das relações comerciais e diplomáticas
Neste encontro, Lula também participará de reuniões com empresários e com a comunidade brasileira na França. Além disso, receberá o título de doutor honoris causa pela Universidade Paris 8 e visitará Toulon com Macron, onde conhecerá uma base naval francesa, além de participar do fórum mundial sobre oceanos em Nice.
Perspectivas futuras e impacto da legislação
O governo brasileiro reforça a necessidade de diálogo para evitar que a legislação europeia prejudique as exportações nacionais sem critérios ambientais claros. Especialistas destacam que o tema deve gerar ainda debates na agenda internacional, refletindo a crescente preocupação com sustentabilidade e comércio justo.
Para acompanhar o desdobramento da visita e os posicionamentos oficiais, consulte a reportagem completa no O Globo.