Brasil, 31 de maio de 2025
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Governo anuncia detalhamento da contenção de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025

Medida inclui bloqueio de R$ 10,6 bilhões por gastos além do esperado e contingenciamento de R$ 20,7 bilhões por frustração de receitas.

O governo federal deverá divulgar nesta sexta-feira (30/5) os detalhes do esforço de contenção de despesas de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025. A medida foi anunciada na semana passada e busca equilibrar as contas públicas diante de desafios fiscais, incluindo bloqueios e contingenciamentos.

Divisão da contenção orçamentária para 2025

De acordo com o Ministério da Fazenda, R$ 10,6 bilhões serão bloqueados devido ao crescimento acima do previsto nos gastos obrigatórios, enquanto R$ 20,7 bilhões serão contingenciados por frustrações de receitas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fatores como a ausência de compensação pela desoneração da folha, a greve dos auditores fiscais e a taxa de juros vigente contribuíram para a necessidade do contingenciamento.

Contexto das decisões fiscais

Ao reunir-se com líderes do Congresso na noite de quarta-feira (28/5), Haddad e sua equipe reforçaram a importância do esforço fiscal. Participaram do encontro o ministro do Tesouro, Rogério Ceron, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, além de lideranças partidárias. O objetivo foi apresentar alternativas e pressionar a celeridade nas discussões.

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Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Fernando Haddad e José Guimarães

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Fernando Haddad e parlamentares

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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Fernando Haddad e parlamentares

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a contenção de gastos foi “relevante” e já “leva ao limite” a execução das políticas públicas e o funcionamento dos órgãos federais. Ele destacou que a retirada do decreto do IOF custaria o equivalente ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e investimentos em defesa.

Na semana passada, o decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi alterado, modificando a tributação sobre operações de crédito, câmbio e seguro. O objetivo, segundo o Ministério da Fazenda, é garantir o equilíbrio fiscal e harmonizar as políticas fiscal e monetária.

Reação ao aumento do IOF

  • No dia 22/5, o governo federal elevou a tributação sobre operações de crédito, câmbio, seguro, remessas e compra de moeda estrangeira, além de aplicar aumento de alíquotas para crédito empresarial e planos VGBL.
  • Havia a expectativa de arrecadação de R$ 20,5 bilhões em 2025, mas a previsão foi ajustada para R$ 19,1 bilhões após mudanças no decreto.
  • Desde a publicação, mais de 20 projetos de decreto legislativo (PDLs) foram apresentados na oposição e pelo mercado para sustar a medida.

Perspectivas futuras

O governo e a oposição continuam em disputa, com Haddad afirmando que “não há uma alternativa ao IOF neste momento” e que o governo trabalha para apresentar soluções em até 10 dias ao Congresso. O prazo foi pactuado com os líderes partidários, que insistem na necessidade de alternativas mais estruturais para a questão fiscal.

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