Brasil, 31 de maio de 2025
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Governador Tarcísio de Freitas testemunha sobre Bolsonaro no STF

Tarcísio de Freitas afirmou que Jair Bolsonaro temia a posse de Lula e seus efeitos no Brasil.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha no processo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e trouxe à tona as preocupações de Bolsonaro quanto aos rumos do Brasil com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu em janeiro de 2023.

Pânico com a nova administração

Durante seu depoimento, Tarcísio revelou que Bolsonaro temia que a situação do país “desandasse” sob a nova administração. Ele foi uma das testemunhas indicadas pelo ex-presidente e pelo ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, no âmbito das audiências presididas pelo ministro Alexandre de Moraes.

O governador destacou que as conversas entre ele e Bolsonaro, somente concentradas neste tema, ressaltavam a inquietação do ex-presidente com o futuro do país. “O governo passou por uma grave crise. Era uma preocupação de que a coisa sempre desandasse, com o futuro do país. A gente conversava basicamente sobre isso”, disse Tarcísio.

Essas declarações deixam clara a preocupação de Bolsonaro não apenas com a política, mas com a estabilidade da nação em um momento de transição. Tarcísio também mencionou que Bolsonaro frequentemente o incentivava a “acertar” e a “fazer a coisa correta”, oferecendo conselhos sobre gestão pública com base em suas experiências durante o governo.

Esclarecendo a participação nos atos de 8 de janeiro

Indagado sobre a possível participação de Bolsonaro nos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro, quando os prédios dos Três Poderes foram depredados, Tarcísio foi enfático em afirmar que Bolsonaro não estava no Brasil no momento dos acontecimentos. Ele ressaltou que, nas muitas conversas que teve com o ex-presidente, não houve menção a qualquer plano de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022.

“Várias conversas, jamais tocou nesse assunto. Jamais mencionou qualquer tipo de ruptura. O presidente estava triste, resignado. Conversávamos sobre muita coisa e esse assunto nunca veio à tona”, afirmou o governador.

A desistência de depoimentos adicionais

Além de Tarcísio, outro ponto importante na audiência foi a desistência da defesa do ex-ministro Anderson Torres em convocar Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), como testemunha no mesmo processo.

Os advogados de Torres também solicitaram a desistência de chamar outras testemunhas importantes, como o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) e o juiz federal Sandro Nunes Vieira. Até o momento, cerca de 43 testemunhas foram ouvidas por videoconferência, enquanto duas apresentaram declarações por escrito. As defesas retiraram o pedido de 16 testemunhas que, inicialmente, haviam sido listadas para depor.

Com a conclusão das audiências programadas para o dia 2 de junho, espera-se que os nove depoimentos agendados para esta sexta-feira contribuam ainda mais para a elucidação dos fatos que envolvem o ex-presidente e os eventos conturbados do início de 2023.

Com o avanço das audiências, a sociedade acompanha atentamente as repercussões das declarações e as implicações que podem advir das investigações em torno da atual e da antiga administração.

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