O Ministério da Fazenda divulgou nesta sexta-feira uma nota em resposta à decisão da agência de classificação de risco Moody’s, que manteve a nota de crédito soberano do Brasil em Ba1, mas alterou a perspectiva de positiva para estável. A pasta reforçou seu compromisso com a consolidação fiscal e o avanço das reformas necessárias para garantir crescimento sustentável e equilíbrio das contas públicas.
Reconhecimento da força econômica e pontos de atenção
A Moody’s reconheceu que o Brasil possui uma economia forte e diversificada, com baixo risco de crises externas, e elogiou as reformas implementadas nos últimos anos. No entanto, apontou que o país poderia avançar mais na área fiscal, especialmente nas medidas para equilibrar os gastos públicos e melhorar o controle do orçamento.
A agência também destacou o aumento dos juros da dívida pública, que pode impactar as contas do governo nos próximos anos. Como caminhos para melhorar a nota, sugeriu rever regras que obrigam certos gastos e alterar a metodologia de cálculo de benefícios sociais, visando maior sustentabilidade fiscal.
Resposta da Fazenda e prioridades do governo
Em nota, a Fazenda ressaltou a parceria entre Executivo e Congresso na aprovação de medidas relevantes, como a reforma tributária, e afirmou que o processo de reequilíbrio fiscal continuará como prioridade. “O Ministério da Fazenda reafirma seu compromisso com a melhoria contínua dos resultados fiscais e com o aprofundamento do processo de reformas estruturais, essenciais para garantir o maior crescimento econômico de longo prazo e assegurar o equilíbrio das contas públicas”, declarou a pasta.
Perspectivas futuras e caminhos para a melhora da nota
Especialistas avaliam que o país precisa consolidar medidas de controle de gastos e promover avanços na gestão fiscal para alterar a percepção da agência de risco. A Moody’s apontou possíveis caminhos, como a revisão de regras de gastos e melhorias na fiscalização de benefícios sociais, que podem contribuir para a elevação da classificação no futuro.
O governo, por sua vez, ressalta que a continuidade das reformas e a parceria política serão essenciais para enfrentar os desafios fiscais e econômicos e alcançar uma melhora na nota de crédito no médio prazo.
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