As restrições de exportação impostas pelos Estados Unidos para limitar o acesso da China a tecnologias avançadas de semicondutores continuam gerando tensões diplomáticas. Pequim sustenta que as medidas prejudicam o desenvolvimento tecnológico chinês e aumentam a disputa bilateral.
Novo esforço dos EUA para restringir empresas chinesas de semicondutores
Algumas das maiores companhias chinesas do setor, como Huawei e Yangtze Memory Technologies, já enfrentam sanções americanas desde anos anteriores, inseridas em uma estratégia de contenção da ascensão tecnológica do país asiático. O objetivo da administração Trump, agora com novo governo, é evitar que empresas chinesas contornem as restrições por meio de subsidiárias internacionais ou sediadas nos EUA.
Regras mais rígidas e possíveis sanções futuras
Sabe-se que o governo dos EUA poderá divulgar, já em junho, uma nova lista de empresas atingidas por controle mais severo. Entre os nomes considerados, estão a Changxin Memory Technologies (CXMT) e a Semiconductor Manufacturing International (SMIC), que atualmente não estão sob restrições diretas dos EUA, mas podem ser alvo de sanções em breve.
Em janeiro, a CXMT foi destaque por seu avanço na tecnologia de produção de chips, apesar dos controles americanos que visam limitar a exportação de tecnologia avançada para a China. Essa conquista desafia as restrições e acelera o desenvolvimento do setor chinês.
Autoridades chinesas têm manifestado forte rejeição às medidas, considerando a estratégia dos EUA uma tentativa de impedir o progresso tecnológico do país. Pequim já reage com reações diplomáticas e reforço na repressão às exportações de minerais essenciais para a fabricação de semicondutores, gerando preocupação global no setor de tecnologia.
A ofensiva de Washington faz parte de uma campanha de longo prazo para frear a crescente influência econômica e tecnológica da China, especialmente no segmento de chips e semicondutores.
Implicações para o mercado global de tecnologia
Especialistas avaliam que o endurecimento das restrições pode impactar a cadeia produtiva mundial, alterando fluxos comerciais e aumentando a demanda por alternativas ao setor chinês. Além disso, o desenvolvimento de tecnologia interna na China pode se acelerar, gerando uma nova dinâmica de competição no mercado de semicondutores.
O cenário preocupa empresas de tecnologia, governos e analistas de geopolítica, devido às consequências potenciais para a inovação e o comércio internacional.
Para mais detalhes sobre a estratégia americana, acesse a matéria no Globo.