O caso que abalou o futebol brasileiro retorna aos holofotes com novas revelações. Edison Luiz Brittes Júnior, condenado a 42 anos de prisão pela morte do jogador Daniel, fez declarações impactantes em uma entrevista exibida na última quinta-feira (29). Ele acusou sua ex-esposa, Cristiana Brittes, de ser a mandante do crime que chocou o Brasil e vitimou o ex-atleta do São Paulo.
Edison Brittes e Cristiana: um relacionamento conturbado
No relato emocionante e perturbador, Edison revela que, com a ajuda de um primo e do genro, colocou Daniel em um carro e o levou a uma mata, onde ocorreu o assassinato. Ele afirma ter recebido mensagens e fotos enviadas por Cristiana durante o trajeto, reafirmando sua intenção de eliminar o jogador. “Ela estava com as fotos, mandou para mim. A Cristiana reafirmando o que tinha falado para mim lá atrás: ‘Mata. Olha aí o que ele fez, ó. Mata’,” disse Edison à TV Record.
Até então, Edison, conhecido popularmente como “Juninho Riqueza”, alegava que seu objetivo inicial era apenas espancar Daniel e deixá-lo na rua, despido. Segundo ele, durante o trajeto, Cristiana teria solicitado que a morte não ocorresse dentro de casa, mas sim em um local afastado. Com o divórcio já consumado, Edison decidiu quebrar o silêncio após sete anos preso, argumentando que antes tentava proteger sua ex-esposa.
Busca por justiça e a divisão dos culpados
Edison expressou sua revolta em relação ao fato de que ele, o autor material do crime, encontra-se encarcerado, enquanto Cristiana foi absolvida. “Não consigo entender como o autor está preso e condenado e a mandante foi absolvida. Estou pagando e caro. Tiraram tudo de mim. Cada um tem que pagar pelo seu crime. É justo,” declarou e completou: “Hoje é o dia de todo mundo comer o que está no prato.”
Detalhes do crime
O crime aconteceu em 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais (PR), durante a celebração do aniversário de 18 anos da filha do casal, Allana. Daniel, atleta que jogava pelo São Bento na época, foi encontrado morto em uma área de mata, com indícios de brutalidade extrema, como a degolação e mutilação do órgão genital.
Inicialmente, Edison tentou justificar o assassinato alegando que havia flagrado Daniel tentando estuprar sua esposa, uma versão que foi logo desconsiderada pela Polícia Civil assim que as investigações tiveram início. A narrativa da defesa não era convincente, levando a um desdobramento mais trágico e complexo do caso.
A absolvição de Cristiana Brittes
Cristiana Brittes, que foi inicialmente condenada a seis meses de prisão e mais um ano em regime aberto, viu sua situação mudar drasticamente com o decorrer do processo judicial. No ano passado, a justiça a absolveu, uma decisão que gerou indignação e polêmica na sociedade. Essa reviravolta na interpretação dos eventos pareceu fazer ecoar a clamorosa busca por justiça que ainda ressoa nas comunidades afetadas pelo crime.
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