Brasil, 31 de maio de 2025
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Dívida pública do Brasil avança para 76,2% do PIB em abril

A dívida bruta do Brasil voltou a crescer em abril, atingindo R$ 9,2 trilhões, representando 76,2% do PIB, conforme dados do Banco Central.

A dívida pública do Brasil aumentou novamente em abril, chegando a R$ 9,2 trilhões, o que equivale a 76,2% do Produto Interno Bruto (PIB), um crescimento de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira.

Fatores que explicam a alta da dívida bruta

Segundo o BC, a variação mensal foi impulsionada pelo aumento dos juros nominais, que subiram 0,7 ponto percentual. Por outro lado, o PIB nominal teve uma redução de 0,4 ponto percentual, enquanto a valorização cambial contribuiu para uma queda de 0,1 ponto percentual na relação dívida/PIB.

Setor público consolidado registra superávit primário

O setor público consolidado apresentou um superávit primário de R$ 14,1 bilhões em abril, ante R$ 6,7 bilhões no mesmo mês de 2024. Essa métrica considera os resultados fiscais de União, estados, municípios e empresas estatais, excluindo setor financeiro e Petrobras.

Detalhes do resultado fiscal

O resultado positivo se deve ao superávit de R$ 16,2 bilhões do governo federal, enquanto os governos estaduais, municipais e estatais tiveram déficits de R$ 659 milhões e R$ 1,4 bilhão, respectivamente. Já a conta do governo federal registrou um déficit de R$ 28,5 bilhões, enquanto os demais níveis de governo apresentaram superávits de R$ 9,2 bilhões e R$ 299 milhões.

Endividamento e ativos do setor público

Apesar do superávit primário, a dívida líquida do setor público, que desconsidera os ativos do governo, aumentou para 61,7% do PIB em abril, um crescimento de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. O indicador reflete a relação entre a dívida total e o valor agregado pelo país para pagamento dos compromissos financeiros.

Perspectivas futuras

Especialistas destacam que a trajetória de crescimento da dívida pública é um desafio para a política fiscal brasileira. A expectativa é que as próximas medidas de ajuste e a recuperação da economia possam contribuir para a desaceleração dessa tendência.

Mais detalhes sobre a evolução da dívida pública do Brasil podem ser conferidos no site do Globo.

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