Brasil, 31 de maio de 2025
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Damián Bobadilla pede adiamento de depoimento sobre xenofobia

Miguel Navarro acusa Damián Bobadilla de xenofobia durante partida da Libertadores e jogadores têm agenda cheia pela seleção.

O meio-campista Damián Bobadilla, jogador do São Paulo, solicitou o adiamento de seu depoimento à Polícia Civil na investigação sobre uma suposta acusação de xenofobia feita por Miguel Navarro, do Talleres. O incidente, que chamou a atenção de torcedores e da mídia esportiva, ocorreu durante uma partida da CONMEBOL Libertadores, realizada no Morumbi, na última terça-feira (27).

Contexto do Caso

Bobadilla estava agendado para prestar esclarecimentos nesta sexta-feira (30), às 17h (de Brasília), na Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte). No entanto, o advogado do jogador, contratado especialmente para lidar com a situação, entrou com um pedido de adiamento. O motivo, segundo o advogado, é para que Bobadilla possa viajar com a delegação do São Paulo para Salvador, onde o time enfrentará o Bahia neste sábado (31), pelo Campeonato Brasileiro.

A defesa de Bobadilla e os compromissos com a seleção paraguaia

O pedido de adiamento foi formalizado com a apresentação das passagens aéreas que comprovam a viagem do atleta, que se tornaria inviável se o depoimento ocorresse conforme o cronograma original. Além disso, a defesa também argumentou que o depoimento deveria ser remarcado para um momento após os compromissos da seleção paraguaia na próxima Data Fifa. Bobadilla está escalado para se apresentar ao time paraguaio logo após voltar de Salvador.

Implicações da alteração no cronograma

O novo prazo proposto pela defesa é que o depoimento ocorra após o dia 10 de junho, quando a seleção paraguaia jogará contra o Brasil, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O jogo será realizado na Neo Química Arena, em São Paulo, o que permite que Bobadilla já esteja de volta na cidade para prestar esclarecimentos.

A acusação de xenofobia

De acordo com as denúncias, Damián Bobadilla teria utilizado insultos, chamando Miguel Navarro de “venezuelano morto de fome” durante o confronto no campo. Essa acusação de xenofobia gerou grande repercussão nas redes sociais e entre os fãs do futebol, levantando discussões sobre o racismo e a intolerância no esporte.

Este caso se insere em um contexto mais amplo de combate ao racismo no futebol. Diversos clubes e entidades esportivas têm adotado medidas de conscientização e educação para evitar episódios de discriminação e promover um ambiente mais inclusivo para jogadores e torcedores.

O que vem a seguir?

Com a solicitação de adiamento deferida, Bobadilla poderá seguir com seus compromissos tanto com o São Paulo quanto com a seleção paraguaia. Na Data Fifa, o Paraguai enfrentará o Uruguai no dia 5 de junho e, em seguida, se prepara para o clássico contra o Brasil no dia 10, ambos válidos pelas Eliminatórias. Por fim, a situação nos tribunais esportivos e as consequências para Bobadilla dependerão não apenas do depoimento, mas do desenrolar das investigações que se seguem.

A movimentação em torno deste caso é um reflexo das exigências atuais do futebol em relação à ética e ao comportamento dos jogadores, garantindo que todos os atletas possam competir em um ambiente livre de discriminação e violência.

Esta situação ainda promete desdobramentos, pois a investigação por parte das autoridades competentes continuará, e o retorno dos jogadores às atividades em campo poderá gerar novas atenções à forma como o futebol brasileiro lida com questões de discriminação e respeito entre os atletas.

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