As contas do setor público consolidado fecharam o mês de abril com um superávit primário de R$ 14,2 bilhões, informou o Banco Central nesta sexta-feira (30). O resultado demonstra uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi de R$ 6,7 bilhões, sendo o melhor para o mês desde 2023.
Desempenho do setor público em abril
O resultado positivo foi influenciado pelo aumento na arrecadação, que cresceu em termos reais, ou seja, acima da inflação, conforme dados do Tesouro Nacional. Além disso, a sanção do Orçamento de 2025 só ocorreu em abril, levando o governo a restringir seus gastos a uma média menor do que a dotação orçamentária mensal.
O Tesouro Nacional informou que os gastos ficaram limitados a 1/18 por mês, mesmo que a dotação fosse de 1/12, o que contribuiu para o saldo positivo do período.
Distribuição do saldo primário
De acordo com o Banco Central, o governo federal registrou um saldo positivo de R$ 16,2 bilhões. Já os estados e municípios apresentaram um déficit de R$ 660 milhões, enquanto as empresas estatais tiveram um déficit de R$ 1,41 bilhão.
Fatores que influenciaram o resultado
O superávit de abril reflete o aumento na arrecadação tributária, que cresceu em termos reais, ajudando a equilibrar as despesas do setor público. Por outro lado, as restrições de gasto, impulsionadas pela execução controlada do orçamento, também contribuíram para o resultado favorável.
Segundo o Tesouro Nacional, a arrecadação teve um avanço consistente, enquanto as despesas, apesar de crescerem de forma real, tiveram ritmo menor do que a receita, o que ajudou a manter o saldo positivo.
Contexto e perspectivas
O bom resultado reforça a trajetória de controle fiscal, mesmo com desafios na gestão de despesas e dívidas. O desempenho de abril sinaliza uma melhora na saúde das contas públicas, embora a dívida pública ainda represente uma parcela relevante do PIB, que está em 76,2%, de acordo com dados recentes.
Para mais detalhes sobre o desempenho das contas públicas e os próximos passos do governo, acesse o artigo na Globo.