Brasil, 1 de junho de 2025
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Chileno é detido por gestos racistas no Engenhão

Justiça do Rio converte prisão em flagrante para preventiva de turista chileno após ato de racismo.

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão do chileno Gianny Antonio González de la Vega Galvez, de 36 anos, em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (29) no Presídio de Benfica, na Zona Norte da cidade. O turista foi detido na terça-feira (27) após ser filmado imitando um macaco, em um ato considerado racista, direcionado à torcida do Botafogo, durante uma partida da Libertadores.

O incidente e suas consequências

O juiz Pedro Ivo Martins Caruso D’ippolito foi responsável pela conversão da prisão em flagrante para preventiva, uma medida que visa garantir a segurança do processo penal. O chileno responde por preconceito de raça, cor, religião ou procedência nacional, uma infração que a Justiça vem tratando com rigor.

Durante a audiência, o magistrado destacou a “elevada audácia e destemor” do turista, que tentou alegar ter sido agredido por policiais ao tentar ferir-se no momento da prisão, uma tentativa frustrada de justificar suas ações e pleitear um relaxamento da medida cautelar.

O comportamento inaceitável de Gianny

Testemunhas presentes no local, incluindo repórteres do portal ge, relataram que o torcedor não apenas ofendeu os policiais com gritos de “polícia corrupta”, mas também agiu de forma agressiva, batendo a cabeça contra a parede. Esses relatos evidenciam a gravidade do comportamento de Gianny, que não demonstrou arrependimento durante a ocorrência.

Vale mencionar que a partida em que o incidente ocorreu foi uma vitória do Botafogo contra o clube Universidad de Chile, na fase de grupos da Libertadores, o que torna o contexto ainda mais delicado, considerando a rivalidade entre as torcidas.

Posicionamento das autoridades

Segundo informações da Polícia Civil, o caso foi registrado na 24ª DP (Piedade) e seguirá para a Justiça. Gianny foi autuado em flagrante, um reflexo da postura firme das autoridades em relação a casos de racismo, que são tratados como crimes inaceitáveis. A Subprefeitura da Zona Norte se manifestou sobre o incidente, repudiando veementemente a atitude do turista.

A nota da Subprefeitura afirma: “Além de ser crime, esse tipo de comportamento desrespeitoso e ofensivo não será tolerado em nossa comunidade. A Subprefeitura acrescenta que fez a identificação do torcedor no momento do ataque e acionou imediatamente a PM, o que permitiu a sua detenção e posterior encaminhamento para a delegacia.”

A luta contra o racismo no Brasil

Esse episódio ressalta a urgência de medidas enérgicas contra o racismo, que ainda persiste na sociedade brasileira. Organizadores de eventos, clubes e a sociedade civil em geral são convocados a reforçar comportamentos que promovam respeito e igualdade entre todas as etnias. O racismo deve ser combatido não apenas em momentos de crise, mas como parte de uma mudança cultural que deve se perpetuar no cotidiano da sociedade.

O caso de Gianny é um lembrete de que ações racistas são crimes e não devem ser minimizados, independentemente do contexto em que acontecem. É fundamental que todos se unam contra a discriminação e o preconceito, promovendo um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos.

À medida que a audiência continua e as consequências jurídicas se desenrolam, espera-se que a sociedade se mobilize em mostrar que atos de racismo não são apenas crimes, mas feridas abertas que precisam ser tratadas com seriedade e ação efetiva.

Para acompanhar mais sobre este caso e outros assuntos relevantes, você pode seguir o perfil do RJ1 no Instagram.

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