Brasil, 31 de maio de 2025
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Avanço de 1,4% do PIB reforça resiliência da economia brasileira

Dados do primeiro trimestre indicam crescimento, mas inflação permanece como desafio para o Banco Central

O avanço de 1,4% do PIB no primeiro trimestre de 2025, divulgado pelo IBGE, mostra que a economia brasileira tem se mostrado mais resistente do que o esperado, mesmo diante de juros elevados e dólar em patamar alto. Claudio Considera, coordenador de Contas Nacionais do FGV Ibre, afirma que “a economia brasileira vai, estranhamente, muito bem”, destacando a surpresa com o desempenho.

Resiliência do PIB e fatores que explicam o crescimento

O crescimento do PIB foi impulsionado principalmente pelo aumento da Força Bruta do Capital Fixo, que subiu 3,1% em relação ao trimestre anterior e 9,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Este indicador é considerado fundamental porque reflete os investimentos realizados no país, que são essenciais para o crescimento futuro, segundo especialistas.

Além disso, o mercado de trabalho apresentou sinais positivos, com dados de desocupação e criação de vagas formais reforçando a resiliência da economia. Bruno Carazza, professor da Fundação Dom Cabral, destaca que “a importação de equipamentos e a alta de setores como construção civil têm contribuído para esse cenário”.

Perspectivas de política monetária e inflação

Apesar do crescimento, o lado B da história é a inflação, que continua sendo um risco para o cenário econômico. Bruno Carazza aponta que “benefícios fiscais e importações de tecnologia têm peso relevante na formação dos preços”, mas a persistência do fenômeno mantém a expectativa de que o Banco Central pode elevar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual em junho.

Ulisses Ruiz de Gamboa, professor do Insper, pondera que “o aumento nominal dos juros, embora de efeito limitado, demonstra o compromisso do Banco Central em perseguir a meta de inflação”. A inflação também é influenciada por fatores de custos, como a falta de infraestrutura adequada e alta nos fretes, que elevam preços de bens e serviços.

Investimentos, crescimento potencial e desafios futuros

Apesar do crescimento de 17,8% do investimento como porcentual do PIB, ainda estamos longe dos 25% considerados necessários para uma expansão sustentável. A comparação com países como China e Índia evidencia o desafio de elevar a taxa de investimento no Brasil, devido à insegurança jurídica, carga tributária e custo de crédito.

Estimativas do FMI indicam que o Brasil continuará como a 10ª maior economia mundial até o fim da década, demonstrando uma estabilidade relativa, embora a competitividade ainda precise ser reforçada.

Impactos econômicos e próximos passos

Mercado formal mantém uma criação robusta de vagas, contribuindo para o consumo e a recuperação econômica. Contudo, especialistas alertam que, para ampliar o PIB potencial, será necessário avançar na produtividade e na infraestrutura do país. Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú, levantou a hipótese de uma possível elevação do PIB potencial, embora seja uma visão minoritária.

De acordo com Carazza, “avançar na capacidade produtiva é fundamental, mas ainda há um hiato entre a demanda e a oferta, pressionando a inflação”. A expectativa é que o governo mantenha a estratégia de estimular o investimento e a inovação para sustentar o crescimento a médio prazo.

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