O caso do narcotraficante Sebastián Marset, conhecido por seu envolvimento na organização de tráfico de drogas, tem chamado a atenção das autoridades e da mídia internacional. O criminoso, que é procurado pela Interpol e pela DEA (agência antidrogas dos EUA), foi identificado como líder de um esquema que traficava cocaína para diversos países, incluindo Brasil, Uruguai, e Portugal. Recentemente, ele foi encontrado na Bolívia, mas conseguiu escapar, levando a uma série de operações policiais intensificadas.
A vida luxuosa de Marset em Santa Cruz de La Sierra
Marset, que se escondia sob a identidade falsa de ‘Luis Amorim’, vivia uma vida de ostentação em Santa Cruz de La Sierra. Ele se disfarçava como jogador de futebol, participando de partidas locais enquanto promove sua imagem nas redes sociais. As partidas com a equipe Los Leones El Torno lhe permitiram manter a fachada, onde jogava com o número 23 às costas. Seu talento foi suficientemente convincente para atrair a atenção de um clube, que ele, de acordo com informações, tentou comprar.
Conforme relatado pelo ministro de Governo da Bolívia, Eduardo Del Castillo, Marset não apenas se integrou à equipe, mas também fundou um clube que deveria receber um grande patrocínio. O valor, estipulado em 10 mil dólares, nunca foi pago, mas mesmo assim, ele jogou seis partidas oficiais pela equipe paraguaia antes de desaparecer.
A habilidade de se ocultar
Cognominado como ‘o traficante das 1000 caras’, Marset mostrou uma habilidade ímpar em se esconder por trás de diferentes disfarces. Em sua trajetória criminal, ele fez uso de identidades falsas para continuar envolto em atividades ilícitas. Em 2021, ele conseguiu se tornar jogador profissional do Deportivo Capiatá, um clube da primeira divisão paraguaia, aproveitando-se de seu talento e astúcia.
O envolvimento de Marset no crime organizado só se aprofundou ao longo do tempo. Ele está sob suspeita de ser o mentor do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci, que foi morto em uma praia na Colômbia. Essa atuação contra o crime organizado elevou as atenções sobre Marset, solidarizando-se mais ainda com as forças policiais.
O cerco policial e a fuga
Recentemente localizado em uma luxuosa mansão na Bolívia, Marset estava cercado por mais de 2 mil policiais durante uma operação que visava sua captura. No entanto, mesmo sob intensa pressão, ele conseguiu escapar. A operação resultou na prisão de 12 pessoas, incluindo jogadores de futebol uruguaios, que, acredita-se, também possam estar conectados ao esquema criminal.
A situação se tornou ainda mais complicada quando um policial foi sequestrado pela organização criminosa, mas felizmente liberado horas depois. As autoridades bolivianas acreditam que Marset ainda está em solo boliviano, movendo-se com cautela, ciente da busca policial que está em curso.
A vida de luxo de Marset e seu legado criminoso
Na casa onde Marset vivia, as forças de segurança encontraram um arsenal que incluía 17 fuzis, uma pistola, 1915 munições, quatro coletes à prova de balas e outros itens que revelaram sua verdadeira natureza. Além disso, foram apreendidas várias chuteiras, bolas e camisas de futebol, evidenciando sua vida dupla como atleta.
O caso de Sebastián Marset é um exemplo claro de como o crime organizado se infiltra em diversas esferas da sociedade. Sua habilidade em se disfarçar e as conexões que ele fez no mundo do futebol levantam questões sobre segurança e corrupção. À medida que a busca por Marset continua, as autoridades se esforçam para desmantelar a rede de tráfico que ele estabeleceu e trazer justiça às vítimas de suas ações.
Com a pressão crescente das agências internacionais e locais, o futuro de Marset permanece incerto. Ele continua sendo uma das figuras mais procuradas do crime organizado, com uma recompensa de R$ 11 milhões oferecida pelos EUA, o que destaca a gravidade de suas operações e o impacto que elas tiveram na segurança regional.
À medida que as investigações avançam e mais detalhes sobre suas atividades emergem, a situação em torno de Marset e sua organização só promete aumentar, levando a um maior foco na luta contra o narcotráfico e no fortalecimento das leis que regem esses crimes.