Brasil, 1 de junho de 2025
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Taxa de juros do crédito consignado para setor privado sobe para 59,1% em abril

Juros do crédito consignado para trabalhadores do setor privado atingem 59,1% ao ano em abril, após alta de 15,1 pontos percentuais no mês

As taxas de juros do crédito consignado para trabalhadores do setor privado tiveram um aumento de 15,1 pontos percentuais em abril, passando de 44% ao ano em março para 59,1%, segundo dados do Banco Central (BC). Em 12 meses, o crescimento é de 20,6 pontos percentuais, refletindo o cenário de elevação da taxa básica de juros e de maior custo de captação pelas instituições financeiras.

Impacto do Programa Crédito do Trabalhador e alta dos juros

A alta nos juros ocorreu em meio ao lançamento do Programa Crédito do Trabalhador, do governo federal, criado em março para facilitar e reduzir os custos do empréstimo consignado para trabalhadores com carteira assinada (CLT). No mês de lançamento, as taxas subiram 3,1 pontos percentuais, demonstrando um movimento acelerado na elevação dos juros.

De acordo com o BC, o crescimento do crédito consignado impulsionado pelas contratações via Carteira Digital de Trabalho contribuiu para uma alta de 148,7% nas concessões em abril, além de um aumento de 7,4% no saldo total da carteira. A medida visa ampliar o acesso ao crédito com condições mais favoráveis, acelerando a contratação do serviço.

Taxas médias do crédito para famílias e empresas em alta

As novas contratações de crédito para famílias tiveram uma taxa média de 57,4% ao ano em abril, o que representa um aumento de 1,1 ponto percentual no mês e de 4,6 pontos em 12 meses. Além do consignado para o setor privado, o BC ressaltou o aumento de 2 pontos na taxa de crédito pessoal não consignado.

Já para o setor empresarial, a taxa média do crédito livre atingiu 26% ao ano, com crescimento de 2,4 pontos no mês e de 4,7 pontos em 12 meses. Destacam-se as altas nas taxas de cheque especial pessoa jurídica, que subiram para 30,8 pontos percentuais, e na conta garantida, que chegou a 24 pontos percentuais.

Aumento geral nas taxas de juros e suas implicações

A soma de todas as modalidades de crédito, incluindo famílias e empresas, refletiu uma taxa média de 45,3% ao ano em abril — crescimento de 1,1 ponto percentual no mês e de 4,6 pontos em 12 meses, conforme dados do BC. Essa elevação acompanha o aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic, atualmente em 14,75%, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Segundo o Banco Central, o aumento da Selic tem como objetivo controlar a inflação, tornando o crédito mais caro e estimulando a poupança, o que tende a frear o consumo e, consequentemente, a pressão de preços.

Situação de captação de recursos, spread bancário e crédito ampliado

A taxa de captação de recursos livres pelos bancos também vem crescendo, variando 0,2 ponto percentual no mês, totalizando 14% em abril, aumento de 3,2 pontos em 12 meses. O spread bancário — diferença entre o custo de captação e as taxas cobradas dos clientes — atingiu 31,3 pontos percentuais, com alta de 1,9 pontos tanto no mês quanto em 12 meses.

Crédito direcionado e seus dados recentes

Nos créditos direcionados, que possuem regras específicas do governo para setores como habitação, rural, infraestrutura e microcrédito, a taxa para pessoas físicas foi de 11,1% ao ano em abril, uma redução de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior, mas aumento de 1,2 ponto em 12 meses. Para as empresas, a taxa caiu 2,4 pontos no mês, chegando a 15,9% ao ano, embora tenha aumentado 4,6 pontos no último ano.

Saldos, endividamento e situação de crédito

As concessões de crédito totalizaram R$ 639,9 bilhões em abril, crescimento de 4,3% com relação ao mês anterior, impulsionado por aumentos de 2,9% para pessoas físicas e de 6% para as empresas. O estoque total de empréstimos atingiu R$ 6,597 trilhões, aumento de 0,7% em relação a março e de 11,5% na comparação anual.

O crédito ampliado, que engloba recursos de diversas fontes, chegou a R$ 18,989 trilhões, com alta de 0,7% no mês e crescimento de 13,5% em 12 meses. A inadimplência permanece estável, em torno de 3,5%, enquanto o endividamento das famílias, em relação à renda, atingiu 48,6% em março, com leve aumento em relação ao mês anterior.

Para mais detalhes, acesse o Fonte.

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