Brasil, 30 de maio de 2025
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Secretário do Tesouro alerta: derrubar imposto sobre operações financeiras pode afetar programas sociais

Rogério Ceron afirma que revogar o aumento do IOF equivaleria ao corte de programas como Minha Casa, Minha Vida e investimentos do Ministério da Defesa

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, advertiu nesta quinta-feira (29/5) que a retirada do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), pedido pelo Congresso, resultaria na redução de recursos essenciais para o orçamento do país. Segundo ele, essa medida equivaleria à extinção de programas sociais e investimentos estratégicos.

Impacto financeiro na política habitacional e defesa

Para ilustrar a importância dos recursos, Ceron afirmou: “Para ter uma referência do que equivale R$ 20 bilhões, todo o programa Minha Casa, Minha Vida soma R$ 12 bilhões anuais. Já todos os investimentos do Ministério da Defesa, incluindo aquisição de submarinos e equipamentos bélicos, somam cerca de R$ 8 bilhões por ano”.

Ele reforçou a ideia ao dizer que “só R$ 20 bilhões seriam o equivalente a extinguir o programa Minha Casa, Minha Vida e todos os investimentos do Ministério da Defesa, o que mostra a relevância desse valor no contexto das políticas públicas.”

Outros programas e o limite do orçamento

Ceron citou ainda o programa Farmácia Popular, que conta com um orçamento de menos de R$ 5 bilhões anuais. “Só para dar uma dimensão da importância da discussão”, reforçou.

Ele destacou que uma contenção de R$ 31,3 bilhões no orçamento, anunciada na semana passada, já limita a execução de políticas públicas e o funcionamento de órgãos federais.

Necessidade de alternativas para financiar políticas públicas

O secretário afirmou que há uma compreensão geral da necessidade de encontrar fontes adicionais de recursos para garantir a continuidade das políticas públicas, evitando um possível colapso na administração estatal.

Aumento do IOF e suas consequências

  • O governo anunciou uma regulamentação da tributação do IOF sobre operações de crédito, câmbio e seguro, buscando o equilíbrio fiscal.
  • Segundo o Ministério da Fazenda, a medida visa harmonizar política fiscal e monetária.
  • Na mesma ocasião, foi revogada a elevação do IOF para aplicações de fundos nacionais no exterior, mantendo a alíquota zerada nesses casos.
  • A arrecadação estimada inicialmente era de R$ 20,5 bilhões em 2025, mas, após ajustes no decreto, o valor foi revisado para R$ 19,1 bilhões.

Reunião do Congresso com equipe econômica

Na noite de quarta-feira (28/5), representantes do Congresso se reuniram com a equipe econômica do governo, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e líderes partidários, para debater estratégias sobre a arrecadação e o ajuste fiscal.

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