Brasil, 30 de maio de 2025
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Procurador defende arquivamento de inquérito contra Gilberto Kassab

Paulo Gonet, procurador-geral da República, reforça a decisão de arquivar investigação contra o secretário de Governo de SP.

Nesta quinta-feira, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, expressou sua posição a favor do arquivamento de um inquérito referente ao secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab. O inquérito em questão está relacionado a uma delação premiada de executivos da J&F, empresa controladora da JBS.

O histórico do inquérito

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) já havia determinado o encerramento do caso. No entanto, ele retornou ao Supremo Tribunal Federal (STF) após recentes modificações nas regras sobre foro privilegiado. Gonet afirma que a decisão do TRE-SP deve ser mantida, uma vez que não há mais possibilidade de recurso legal.

O inquérito foi instaurado em 2018 com o propósito de investigar se houve um pagamento ao PSD, partido liderado por Kassab, como contrapartida pelo apoio à então presidente Dilma Rousseff (PT) durante as eleições de 2014. A investigação também busca apurar se a empresa fez pagamentos mensais ao político. Kassab sempre negou as acusações.

Desdobramentos legais

Em 2019, o inquérito foi transferido para a Justiça Eleitoral de São Paulo após Kassab deixar o cargo de ministro no governo federal. O Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou uma denúncia, e, em 2021, o político se tornou réu nesse caso. Entretanto, em 2023, o TRE determinou o trancamento da ação penal. Um recurso contra essa decisão foi recusado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), efetivamente encerrando o caso.

Alterações nas regras do foro privilegiado

Neste ano, o STF revisou as normas de foro e reafirmou que a competência da Corte persiste mesmo após a saída da autoridade do cargo. Como resultado, vários inquéritos, incluindo o de Gilberto Kassab, foram reabertos. Gonet considera que, apesar do retorno do caso ao STF, a decisão do TSE de rejeitar o recurso contra o encerramento da investigação aponta que “o arquivamento das investigações está protegido pelo princípio da coisa julgada”.

Possibilidade de reabertura da investigação

De acordo com Gonet, a investigação só poderá ser reaberta se surgirem “novos elementos probatórios”, algo que o procurador-geral acredita não ter ocorrido até o momento. Isso demonstra a posição cautelosa do procurador em relação a possíveis reavaliações de casos que envolvem figuras públicas e as implicações jurídicas que podem surgir a partir disso.

Reações ao arquivamento

A decisão de manter o arquivamento do inquérito gerou reações variadas. Enquanto alguns celebram a decisão como um sinal de que as instituições estão atuando conforme a lei, outros criticam a aparente impunidade que os políticos de destaque frequentemente aparentam ter. O dilema entre a busca por justiça e a salvaguarda da estabilidade política permanece constante no cenário brasileiro, e casos como o de Kassab apenas intensificam esse debate.

Perspectivas futuras

À medida que novos desdobramentos se sucedem, é fundamental que a sociedade permaneça atenta às ações do Ministério Público e às decisões do STF. A clareza e a transparência nas ações das autoridades competentes são cruciais para a manutenção da confiança pública nas instituições. O futuro do inquérito de Gilberto Kassab e de outros casos semelhantes poderá influenciar a maneira como o Brasil lida com a corrupção e a ética política.

Em um cenário repleto de incertezas e mentes inquietas, a luta por justiça e integridade na política brasileira continua, e o desenrolar dessa trama aguarda a próximaconclusão.

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