Brasil, 30 de maio de 2025
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Omar Aziz é escolhido para presidir a CPMI das fraudes no INSS

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou Omar Aziz como presidente da CPMI que investiga fraudes no INSS.

No cenários políticos brasileiros, as fraudes associadas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ganham novos desdobramentos. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), confirmou a escolha do senador Omar Aziz (PSD-AM) como presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá investigar o caso. A notícia foi uma combinação de discussões com líderes governistas e já foi comunicada à oposição, conforme a informação apurada pelo Metrópoles, que obteve confirmação de fontes de ambos os lados.

A origem do escândalo no INSS

O escândalo das fraudes no INSS foi revelado pelo Metrópoles através de uma série de reportagens iniciada em dezembro de 2023. Desde então, a situação provocou um alvoroço nas esferas governamentais. Em uma das publicações, o portal apontou que as arrecadações das associações de aposentados com descontos de mensalidades dispararam, somando cerca de R$ 2 bilhões em um ano. Esse aumento alarmante coincide com a multiplicação de processos judiciais devido a fraudes nas filiações de segurados.

As investigações que se seguiram resultaram em um inquérito instaurado pela Polícia Federal (PF), além de informações que foram repassadas à Controladoria-Geral da União (CGU). A abertura desse procedimento também impulsionou a Operação Sem Desconto, que culminou com a demissão do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi, conforme relatado pelo Metrópoles.

A participação da oposição e as expectativas para a CPMI

Com a escolha de Omar Aziz para presidir a CPMI, a oposição espera emplacar um relator que mantenha uma postura crítica em relação ao governo Lula. Isso se assemelharia ao modelo da CPMI do 8 de Janeiro, realizada em 2023, onde a presidência foi concedida ao deputado Arthur Maia (União-BA) e a relatoria à senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Omar Aziz é um político experiente, ex-governador do Amazonas e atual líder do PSD. Ele já presidiu anteriormente a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o manejo do governo Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19 e é um forte candidato a concorrer ao governo do Amazonas nas eleições de 2026. Sua escolha oficial para a relatoria da CPMI ainda será formalizada.

Reações e implicações políticas

A CPMI do INSS surgiu a partir de uma iniciativa da oposição, que uniu forças logo após a deflagração da operação da Polícia Federal destinada a desmantelar o esquema de descontos indevidos sobre os pagamentos dos aposentados. O governo Lula se manifestou contrariamente à formação do colegiado, argumentando que as investigações em curso são efetivas.

Apesar da resistência do governo, a oposição conseguiu reunir mais de um terço das assinaturas necessárias para protocolar a CPMI. Ao contrário de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva da Câmara ou do Senado, esse tipo de comissão deve ser formalmente instaurado após a leitura do requerimento no Legislativo. Assim, a oposição se verá obrigada a preencher a comissão, mesmo diante da resistência governamental.

Funcionamento da CPMI

Segundo o requerimento, a CPMI funcionará por 180 dias, reunindo 15 deputados e 15 senadores, além de seus suplentes. Foil protocolado com a assinatura de 36 senadores e 223 deputados, sendo a iniciativa impulsionada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT).

Curiosamente, mais da metade das assinaturas para a configuração da CPMI foram coletadas entre parlamentares que integram a base do governo Lula, mesmo com a negativa deste em relação à comitiva. Dentro da Câmara, 113 dos apoiadores (50%) pertencem a partidos da base governista. O União Brasil é o partido que apresentou mais adesões entre os aliados do governo, com 35 assinaturas, seguido por PP (23), Republicanos (20) e outros.

Com toda essa movimentação, a CPMI do INSS promete agitar ainda mais o cenário político brasileiro, revelando tensões entre as diferentes forças no Congresso uma vez que o debate sobre a previdência e as fraudes associadas ao sistema ganha destaque nas pautas de governo.

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