Brasil, 30 de maio de 2025
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Moraes abre inquérito contra Eduardo Bolsonaro e gera temores no clã

A decisão do ministro do STF reacende o medo de prisão de Jair Bolsonaro e de congelamento de bens por parte da justiça.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de abrir um inquérito contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reacendeu o temor de Jair Bolsonaro e de seus aliados. A apreensão no clã Bolsonaro surge da possibilidade de que o ex-presidente possa ser preso em breve, antes mesmo da conclusão do julgamento da ação que investiga uma tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Lula.

Consequências da abertura do inquérito

Na última segunda-feira (26), Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a abertura de um inquérito para investigar Eduardo, o “filho 03” do ex-presidente. A investigação busca apurar o envolvimento do deputado na articulação de sanções do governo Donald Trump contra integrantes do STF, em um período crítico em que os magistrados estão avaliando a trama golpista.

Depoimento e possíveis repercussões jurídicas

Com a abertura do inquérito, Moraes também ordenou que Bolsonaro prestasse depoimento à Polícia Federal em até 10 dias. Durante seu depoimento, o ex-presidente declarou ser o responsável financeiro pela manutenção de Eduardo em território americano. Atualmente licenciado e morando nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano, Eduardo é investigado por crimes como obstrução de Justiça, organização criminosa, tentativa de abolição do Estado de direito e coação durante processos judiciais.

Temores sobre prisão e bloqueio de bens

A decisão de Moraes despertou no entorno do clã Bolsonaro a apreensão de que o ministro possa determinar a prisão preventiva do ex-presidente, incluindo a possibilidade de prisão em flagrante, se houver entendimento de que um crime está em curso. Além disso, há a possibilidade de que Moraes tome outras medidas drásticas, como o bloqueio de bens.

Bolsonaro, segundo fontes próximas, tem abordado o tema com frequência, manifestando receio de medidas cautelares que possam ser impostas por Moraes nos próximos dias, mesmo que o inquérito esteja em estágio inicial. “A prisão preventiva de Bolsonaro, que parecia fora de propósito, agora passou a ficar mais concreta. O risco é real”, comentou uma fonte do PL acompanhando o caso.

A posição de Eduardo Bolsonaro e a narrativa de perseguição

Apesar do temor sobre as repercussões do inquérito, no entorno bolsonarista há uma leitura de que a investigação aberta por Moraes, longe de enfraquecer, reforçou a narrativa de perseguição política. Além disso, a situação parece ter aumentado a projeção internacional de Eduardo. Um interlocutor do ex-presidente ironicamente comentou: “O Supremo transformou o Eduardo Bolsonaro em um expoente da direita. Deram um upgrade para ele”.

Em meio a essa turbulência, Bolsonaro revelou em entrevistas que tem custeado as despesas de Eduardo nos Estados Unidos, utilizando parte dos R$ 17 milhões que recebeu de doações via pix. Ele declarou: “Estou bancando as despesas dele agora. Se não fosse o pix, eu não teria como bancar essa despesa. O que queremos é garantir a nossa democracia, não queremos um Judiciário parcial”.

Conjuntura política e as impressões sobre o futuro

Enquanto a situação se desenrola, novas discussões sobre sanções e interferências nas ações judiciais ganham destaque. Um advogado que fez a denúncia afirmou que as evidências sugerem que as sanções internacionais a membros do Judiciário visam interferir no andamento regular dos procedimentos criminais contra Jair Bolsonaro e seus aliados. Assim, a política brasileira se mantém em um jogo de xadrez, onde cada movimento pode ter um impacto profundo nas direções futuras do país.

A complexidade do contexto atual, na intersecção entre legalidade e política, traz à tona a questão crucial sobre o futuro de Jair Bolsonaro e seus aliados. Com as investigações avançando, as próximas semanas prometem ser decisivas para o diagnóstico da situação e suas consequências tanto pessoais quanto políticas.

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