O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que pretende confirmar o governo eleito o mais rápido possível, provavelmente ainda nesta sexta-feira. Após a vitória da Aliança Democrática (AD) nas eleições de 18 de maio, os cenários de governabilidade permanecem incertos, o que leva o chefe do Estado a tomar medidas rápidas para estabilizar o panorama político.
Indigitação e próximos passos em Portugal
O próximo passo, conhecido em Portugal como indigitação, envolve a consulta aos maiores partidos do país. Marcelo afirmou que ouvirá nesta sexta-feira os três principais partidos e coligações: AD, Chega e Partido Socialista (PS). O primeiro-ministro reeleito, Luís Montenegro, líder da AD, deverá ser o primeiro a se reunir com o presidente.
Repercussões internas e crise no PS
O Partido Socialista enfrenta uma crise interna desde que perdeu a liderança da oposição para o Chega. A eleição do próximo secretário-geral, que ocorrerá nos próximos dias, é um momento importante. Entre os candidatos, está o moderado José Luís Carneiro, ex-ministro da Administração Interna, que parece disposto a colaborar na aprovação do programa do novo governo no Parlamento.
Aliança para estabilizar o governo
Ao sinalizar apoio inicial do PS, Carneiro pode ajudar a evitar a derrubada do Orçamento de 2026, facilitando a formação do governo. Marcelo Rebelo de Sousa, por sua vez, deixou clara a possibilidade de solicitar um acordo formal por escrito entre as legendas, uma estratégia que pode dificultar o consenso político no momento.
Contexto político e eleições futuras
O mandato de Luís Montenegro será marcado por desafios, sobretudo devido à dependência de apoios de partidos como o Chega e o PS, aspectos que afetaram a estabilidade do governo anterior. O novo Executivo deve começar a atuar oficialmente em junho, após a publicação dos resultados no Diário da República e a aprovação do programa no Parlamento.
Perspectivas para Portugal
Marcelo Rebelo de Sousa busca garantir uma transição tranquila e estabilidade política, apesar das incertezas. A confirmação oficial do governo é vista como essencial para o avanço de reformas e para assegurar o funcionamento do sistema político até as próximas eleições. A estratégia do presidente inclui o possível fortalecimento de pactos políticos, mesmo diante de um cenário fragmentado.