A artista KING Saints volta à cena com força total. Após o sucesso estrondoso de seu álbum de estreia, a cantora anuncia o lançamento da versão deluxe de Se Eu Fosse Uma Garota Branca (mas não sou), que chega às plataformas digitais no dia 30 de maio. Este novo projeto traz consigo cinco faixas extras, ampliando ainda mais as discussões sociais que permeiam sua obra, recheadas de deboche, melodia e uma acidez marcante.
Novidades na edição deluxe
Entre as novidades, a edição deluxe de ‘Se Eu Fosse Uma Garota Branca’ inclui duas novas interpretações da faixa-título, além de uma nova versão do sucesso Passa Essa Grana, agora com a colaboração da artista Monna Brutal. O projeto também apresenta quatro colaborações inéditas com nomes do underground, comoXammy, Shury e Tonny Hyung. Dentre as novas faixas, a canção Só Uma Música Triste se destaca por ser um retrato pessoal e visceral da artista.
Uma faixa autobiográfica
Só Uma Música Triste é descrita por KING como sua canção mais íntima até agora. Em suas palavras: “Essa é a trilha sonora daquele período incerto, longe de tudo que conhecia, onde a busca pelos meus sonhos veio acompanhada de uma solidão cortante, vícios silenciosos e a exaustão de uma aposta de risco. A faixa mergulha nas profundezas da ansiedade que me consome, na pressão implacável que eu mesma coloco sobre mim, e no peso das expectativas, minhas e alheias.”
Ela continua: “É um reflexo cru e honesto sobre o tempo, a idade que avança e as escolhas que, em um instante, podem mudar tudo e nada ao mesmo tempo. Espero que essa canção ressoe com aqueles que também trilham seus caminhos em busca de um ideal, mesmo que a jornada se revele, por vezes, dolorosamente solitária.”
Produção e impacto cultural
O álbum foi produzido pela respeitada dupla Marcel e Los Brasileros, reconhecidos por suas colaborações com artistas renomados como Leoni, Karol Conká e MC Soffia. Essa equipe talentosa reafirma KING Saints como um dos nomes mais influentes e inovadores da nova cena pop brasileira. A produção explora uma variedade de ritmos urbanos, entrelaçando discursos ácidos e a forte presença da identidade preta com uma crítica social incisiva.
Uma provocação necessária
A adição do complemento “(mas não sou)” ao título original do projeto realça a provocação contida na obra, um espelho claro do racismo estrutural que ainda permeia a sociedade brasileira. KING comenta: “‘Se Eu Fosse Uma Garota Branca (mas não sou)’ pra mim, é o lado B do lado B do pop. Como Tonny Hyung em ‘Cadela 2’ disse: ‘Ref das do pop sempre são os underground’. O pop não morreu, respira por aparelhos, e essa vida está no underground.”
Ela completa dizendo que a participação de artistas como Monna Brutal, Xammy, Shury e Tonny Hyung representa um movimento de união entre mulheres pretas e a cena underground, destacando a importância desse movimento. “As pessoas estão presas em suas telas e não percebem a cena acontecendo na rua, na vida real – um misto de preguiça e preconceito.”
A edição deluxe de Se Eu Fosse Uma Garota Branca (mas não sou) promete não apenas trazer novas sonoridades, mas também ampliar a conversa sobre questões sociais essenciais, fazendo de KING Saints uma voz ainda mais potente na música contemporânea brasileira.
Assim, o novo projeto não apenas enriquece o disco de estreia, mas também reafirma a posição de KING Saints como uma artista capaz de provocar reflexões profundas através de sua música, guiando os ouvintes em uma jornada sonora e emocional que ressoa fortemente no presente.