A atriz e cantora Karin Hils revelou nesta quinta-feira (29) que fez um aborto durante o período em que integrava o grupo Rouge, nos anos 2000. Em entrevista à revista Quem, Hils revelou que não se sentia pronta para a maternidade e que não teve apoio do pai da criança. Esta decisão foi tomada em um momento crucial da sua carreira, quando ainda estava no início e passou por uma grande transformação pessoal.
A decisão difícil de Karin Hils
Karin explicou que, na época, estava focada em sua carreira e não desejava assumir a responsabilidade de ser mãe. “Estava no início da minha carreira, não estava pensando em ser mãe naquele momento em que estava surgindo uma grande oportunidade”, disse a cantora. Ela lembrou que o ex-parceiro não desejava seguir com a gestação e, segundo seus relatos, a decisão foi difícil, mas alinhada com seus desejos naquele período de sua vida.
A cantora enfatizou a ausência de apoio durante sua experiência. “Eu não tive apoio do pai [da criança]; pelo contrário, ele apoiou para que isso não acontecesse”, afirmou. Hils reforçou que a escolha foi necessária e que, na sua visão, ser mãe naquela época não era o que ela realmente queria. “Isso era muito claro”, complementou.
O impacto emocional e a experiência da terapia
Como o aborto influenciou a vida de Karin
Karin revelou que descobriu a gravidez durante os ensaios do grupo Rouge e optou por compartilhar a notícia apenas com Aline Wirley, uma colega da banda. O procedimento, segundo ela, foi rápido e doloroso, e a experiência deixou marcas profundas em seu emocional.
Karin também comparou essa experiência à morte de sua mãe, onde acabou evitando vivenciar o luto. “Foi assim quando a minha mãe morreu, eu me mudei de casa e vim para São Paulo”, recordou. Essa conexão mostra que Hils tende a se distrair trabalhando para lidar com momentos difíceis em sua vida.
A carga emocional por trás da decisão
Ao refletir sobre como lida com momentos de dor e tristeza, a cantora disse: “Acho que, para poder tapar esses buracos, eu vou enfiando coisas, atividades e trabalho”. Essa abordagem pode ser comum entre artistas que, por vezes, sentem a necessidade de continuar produzindo para não enfrentar a dor diretamente. “Então, se você me perguntar como foi esse processo no dia seguinte, eu não sei te dizer, porque isso se apagou na minha mente”, completou, reforçando a ideia de que se distrair pode ser uma forma, ainda que temporária, de evitar o enfrentamento das questões emocionais não resolvidas.
Cabe destacar que a decisão de abortar e suas repercussões são temas delicados e complexos. A abertura de Karin Hils sobre sua experiência pode ajudar outros que passaram por situações semelhantes a se sentirem menos sozinhos e a buscarem apoio neste tipo de processo.
O testemunho da artista traz à tona a necessidade de discutir questões relacionadas à maternidade, apoio emocional e a saúde mental de forma franca e acolhedora, tornando claro que existem diferentes caminhos na vida e que cada escolha é profundamente pessoal.
Além disso, a coragem de Karin em compartilhar sua história pode incentivar um diálogo mais aberto e empático sobre os desafios que muitas mulheres enfrentam ao lidarem com decisões repletas de carga emocional.
Para saber mais sobre a história de Karin Hils, acesse o link da entrevista completa aqui.
