Brasil, 30 de maio de 2025
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Governo registra superávit de R$ 17,8 bilhões em abril, melhor resultado desde 2022

No mês de abril, o governo central venceu a expectativa com um superávit primário de R$ 17,8 bilhões, reforçando a recuperação fiscal.

O governo central — composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registrou um superávit primário de R$ 17,8 bilhões em abril, conforme dados divulgados nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional. Este é o melhor resultado para o mês desde 2022, quando foi registrado um saldo positivo de R$ 33,1 bilhões, indicando uma melhora na arrecadação e controle de despesas públicas.

Resultados e comparações de abril de 2025

O superávit de abril significa que, neste mês, o governo arrecadou mais do que gastou, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública. O saldo foi superior ao mesmo período do ano passado, quando houve um déficit de R$ 12,22 bilhões, corrigido pela inflação. As despesas totais do governo somaram R$ 194,4 bilhões, um aumento real de 8,2% em relação ao mesmo mês de 2024.

Acumulado do primeiro quadrimestre de 2025

Nos quatro primeiros meses do ano, o saldo do governo foi de R$ 72,4 bilhões, mais que o dobro dos R$ 31,8 bilhões registrados na mesma etapa do ano passado. Além disso, o primeiro trimestre de 2025 foi o melhor desde 2022, que alcançou um superávit de R$ 92,6 bilhões.

Desafios fiscais e metas para 2025

Apesar do desempenho positivo, o governo ainda enfrenta o desafio de cumprir a meta fiscal de 2025, que é de zerar o déficit. No ano passado, o resultado foi negativo em R$ 43 bilhões. Com as regras do novo arcabouço fiscal, a margem de tolerância é de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de R$ 31 bilhões, o que oferece espaço para ajustes.

Medidas para reforçar a arrecadação

Diante do esforço de cumprir as metas fiscais, o governo anunciou na semana passada o aumento da arrecadação por meio do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida visa elevar em cerca de R$ 20 bilhões a receita federal, cobrando transações como compra de moeda estrangeira, remessas internacionais, operações de crédito e uso de cartão de crédito internacional.

No mesmo dia do anúncio, o Ministério da Fazenda recuou da tentativa de taxar o envio de recursos ao exterior, reduzindo o impacto estimado em R$ 1,4 bilhão, mas a proposta ainda enfrenta resistência no Congresso Nacional, que atualmente possui 20 projetos para derrubar a medida de aumento do IOF. Os argumentos do governo incluem o risco de uma paralisação da máquina pública, conhecida como shutdown, caso a medida seja revogada, o que dificultaria o pagamento de despesas essenciais, como investimentos e contas de luz.

Segundo especialistas, o resultado de abril aponta uma tendência de melhora fiscal, mas o governo precisa manter o equilíbrio para cumprir a meta de zerar o déficit até o final do ano, enfrentando o desafio de conviver com resistência parlamentar às mudanças nas taxas e arrecadações.

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