Brasil, 30 de maio de 2025
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Governo reforça pressão por mudança em isenções fiscais durante negociações com Congresso

Após reunião com líderes do Executivo, governo exige que o Congresso reveja benefícios fiscais de alta renda para garantir o equilíbrio das contas

O Palácio do Planalto adotou tom mais firme nas negociações com o Congresso sobre o controle das contas públicas, pressionando parlamentares por alterações nas isenções fiscais concedidas a setores de alta renda. A reunião, conduzida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, contou com lideranças da Câmara e do Senado, como Hugo Motta e Davi Alcolumbre.

Pressão do governo por responsabilidade fiscal compartilhada

Durante o encontro, Haddad afirmou que a responsabilidade fiscal não deve recair apenas sobre o Executivo, enquanto interlocutores do governo indicaram que os cortes estruturantes frequentemente prejudicam benefícios sociais. Segundo uma fonte anônima ao Portal iG, o governo busca que o Legislativo assuma o ônus de rever benefícios tributários a grupos com maior poder econômico.

Em resposta, os presidentes da Câmara e do Senado demonstraram disposição em apoiar propostas de revisão dessas isenções fiscais. Após a reunião, Hugo Motta declarou que o Legislativo está comprometido com a pauta de responsabilidade fiscal e reformas necessárias.

Reforma administrativa e novos debates

Paralelamente, parlamentares insistem na necessidade de avançar na reforma administrativa. Haddad disse concordar com o tema, desde que haja ações concretas para reduzir os chamados supersalários em todos os poderes.

Preocupações com medidas fiscais e próximos passos

O Ministério da Fazenda manifestou preocupação com a possível derrota no Congresso da medida provisória referente à reoneração do IOF, que poderia comprometer o equilíbrio do orçamento federal. Haddad solicitou uma semana adicional para apresentar alternativas de compensação e evitar impacto imediato.

Uma nova rodada de conversas com lideranças partidárias está agendada para esta quinta-feira, com o objetivo de avançar nas negociações e manter a arrecadação sem prejudicar programas sociais, segundo fontes do governo.

Estratégia de cobrança equilibrada

Nos bastidores, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que a estratégia de postura defensiva não vinha surtindo efeito, e houve uma orientação para que o governo cobre o Congresso com maior firmeza. Uma fonte do Executivo afirmou: “Querer responsabilidade fiscal dos outros é fácil. Tem que dar o exemplo. O governo agora fará essas cobranças também”.

Apesar da mudança de postura, o discurso público continuará a enfatizar a cooperação entre os Poderes, reforçando que Executivo e Legislativo atuam juntos para garantir estabilidade fiscal e contas equilibradas.

Fontes: Portal iG

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