Brasil, 30 de maio de 2025
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Fifa endurece regras para combate ao racismo no futebol

A nova versão do Código Disciplinar da Fifa impõe penas mais severas a atos de racismo no futebol, visando proteger atletas e torcedores.

A luta contra o racismo no futebol ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (29) com a publicação da nova versão do Código Disciplinar da Fifa. A atualização, aprovada durante a reunião do Conselho da entidade, traz regras mais duras para combater a discriminação nos campos de jogo, reforçando o compromisso da organização com a erradicação desse problema que afeta não só o esporte, mas a sociedade como um todo.

Novas regras contra a discriminação

Targetando atos de racismo, o artigo 15 do novo código define procedimentos claros a serem seguidos pelos árbitros em casos de ofensas racistas. O protocolo político agora exige que, ao sinal de qualquer ato discriminatório, o árbitro deve interromper a partida e avaliar a situação. Caso os ataques se repitam, ele terá a autoridade para suspender ou até encerrar o jogo.

“Racismo não é só um problema do futebol, é um crime. Por isso estamos trabalhando com governos e com a ONU para garantir que a luta contra o racismo seja parte da legislação criminal de cada país do mundo”, afirmou Gianni Infantino, presidente da Fifa, destacando a importância social dessa iniciativa.

Multas e penalidades severas

Além dos novos protocolos, a entidade também revisou as penalidades financeiras para clubes e associações que permitirem ou não agirem diante de casos de racismo. A multa mínima agora é de 20 mil francos suíços (aproximadamente R$ 137 mil). No entanto, em casos mais graves, essa penalidade pode alcançar até 5 milhões de francos suíços, cerca de R$ 34 milhões, significativamente acima do teto anterior, que era de 1 milhão de francos suíços (R$ 6,8 milhões).

As novas regras também preveem que, em situações de reincidência, os clubes podem ser submetidos a uma gama de penalidades, incluindo a elaboração de um plano preventivo, a realização de jogos sem público, dedução de pontos, expulsão de competições ou até mesmo rebaixamento.

· Implementação das novas normas

As associações-membros da Fifa têm um prazo até 31 de dezembro deste ano para adaptar suas legislações às novas normas estabelecidas. A Fifa, por sua vez, se reserva o direito de intervir diretamente em federações que não demonstrarem eficácia na aplicação dessas normas, podendo recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS) para contestar decisões inadequadas.

A importância de uma resposta efetiva

Durante um Congresso realizado em Assunção, no Paraguai, Gianni Infantino enfatizou que o combate ao racismo se tornou uma prioridade absoluta para a Fifa. Ele ressaltou que a nova legislação é um passo essencial para proteger não apenas os jogadores e as jogadoras, mas também os torcedores, afirmando que todos têm o direito de se sentir seguros e respeitados no ambiente esportivo.

A adoção dessas novas regras chega em um momento crucial, considerando o aumento das discussões sobre a discriminação no esporte e a necessidade urgente de ações eficazes para enfrentar esse problema. A expectativa é que, com a implementação dessas medidas, a Fifa não apenas zere as ofensas racistas, mas que inspire uma mudança significativa em todas as esferas do futebol mundial.

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