Brasil, 3 de junho de 2025
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Consumo de alimentos mantém alta em abril, aponta Abras

O setor de alimentos registrou crescimento no consumo em abril, apesar da alta nos preços, impulsionado por políticas de renda e pagamento de benefícios

Os dados mais recentes divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) indicam que o consumo de alimentos no Brasil cresceu 1,25% em abril, em relação a março, e alcançou uma alta de 2,63% na comparação com o mesmo mês de 2024. Entretanto, os preços dos alimentos também seguiram em alta, com aumento de 0,82% no período.

Fatores que impulsionaram o aumento do consumo de alimentos

Segundo a Abras, o resultado positivo foi favorecido por políticas de transferência direta de renda, como o Bolsa Família, o auxílio gás e o abono do PIS/Pasep, que destinou mais de R$ 14 bilhões à população, contribuindo para a retomada das vendas no setor de alimentos. Além disso, a antecipação da primeira parcela do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS totalizou R$ 70 bilhões, reforçando o poder de compra dos consumidores.

Para o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, o crescimento de 1,25% em abril, embora modesto, ocorreu sobre uma base de comparação elevada, já que em março houve um avanço de 6,96%. “O resultado atípico no mês anterior reduziu o potencial de crescimento mais expressivo em abril. Ainda assim, o consumo na semana da Páscoa cresceu 16,5%, demonstrando o impacto positivo da data nas compras das famílias”, afirmou Milan.

Preços ao consumidor continuam em alta

O índice de preços da Abras revela que a cesta básica de 35 itens, que inclui produtos essenciais como hortifrutigranje, proteínas animais, itens de higiene e limpeza, aumentou 0,82% em abril, acumulando uma alta de 10,83% em 12 meses. O valor da cesta passou de R$ 812,54 em março para R$ 819,20 em abril.

Entre os alimentos que mais contribuíram para a alta, destacam-se o café torrado e moído (+4,48%), o feijão (+2,38%) e o leite longa vida (+1,71%). Já itens básicos como arroz, farinha de mandioca e óleo de soja tiveram queda de preços, respectivamente, de -4,19%, -1,91% e -0,97%.

Nos hortifrutigranjeiros, as altas mais expressivas foram observadas em batata (+18,29%), tomate (+14,32%) e cebola (+3,25%), enquanto os ovos tiveram uma redução de 1,29% no preço.

Na categoria de produtos de higiene e limpeza, o movimento foi de alta: creme dental (+1,70%), papel higiênico (+0,63%), sabonete (+0,31%) e xampu (+1,11%). Os itens de limpeza doméstica, como água sanitária, desinfetante e sabão em pó, também apresentaram aumento, enquanto o detergente apresentou leve queda de 0,07%.

Regionalidades e variações de preço

A cesta de alimentos mais cara está na Região Sul, com valor médio de R$ 902,09, enquanto o maior aumento relativo foi registrado nas regiões Norte e Centro-Oeste, com altas de 0,96%. No Norte, o valor passou de R$ 874,30 para R$ 882,70, e no Centro-Oeste, de R$ 767,57 para R$ 774,96. No Nordeste, a variação foi de 0,78%, com a cesta passando de R$ 723,43 para R$ 729,09, e no Sudeste, de 0,68%, de R$ 831,96 para R$ 837,59.

Perspectivas futuras para o consumo

Considerando a cesta básica de 12 itens, composta pelos alimentos essenciais, o preço médio nacional subiu 0,32% em abril, passando de R$ 351,42 para R$ 352,55. Em 12 meses, o índice acumula alta de 13,38%. Especialistas avaliam que o aumento no consumo pode se manter mais moderado, devido à desaceleração nos preços e ao impacto das políticas de renda na continuidade do crescimento do setor alimentício.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Site da Agência Brasil.

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