Brasil, 30 de maio de 2025
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Asilo clandestino é interditado em Campo Grande no Rio

Após denúncia, dez idosos foram resgatados de uma instituição irregular sem alvará e sem equipe médica qualificada.

Uma operação policial desencadeada pela Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) resultou na interdição de um asilo clandestino em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A fiscalização, realizada com o apoio da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável, resgatou dez idosos que eram mantidos em condições precárias e inadequadas para a sua saúde e bem-estar.

Condições inadequadas e denúncia chocante

Durante a ação, os agentes de segurança encontraram uma idosa de 83 anos em estado alarmante. Ela foi localizada nua, sem fraldas e com a cama molhada de urina, apresentando um quadro de erisipela, uma infecção grave que afeta a pele e o tecido subcutâneo. Além disso, na inspeção foram descobertos medicamentos vencidos e a falta de uma equipe médica, algo exigido por lei para instituições que atendem idosos.

De acordo com a responsável pela instituição, ela se declarou técnica de enfermagem e declarou que o asilo operava apenas com um CNPJ de Microempreendedor Individual (MEI), o que é absolutamente irregular para este tipo de serviço. As normas da Vigilância Sanitária exigem a presença de profissionais de saúde como enfermeiros e médicos, além de atender a requisitos estruturais que garantam a segurança e saúde dos residentes.

Impacto de descuidos e a atuação das autoridades

A interdição do asilo foi motivada por uma denúncia angustiante que partiu da filha de uma idosa que faleceu após cinco meses no local. Segundo a denunciante, a condição da mãe se deteriorou rapidamente, e a certidão de óbito da idosa indicou a sepse cutânea como uma das causas da morte. “Ela estava com escaras nas partes íntimas, nas costas, e a responsável não comunicou à família. Escondeu tudo,” relatou a filha.

A situação levanta questões preocupantes sobre os cuidados oferecidos aos idosos em instituições de longa permanência, especialmente quando muitos familiares confiam seus entes queridos a locais que se apresentam como seguros e adequados. O secretário municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, Felipe Michel, fez um alerta importante: “Não vamos admitir idosos expostos em asilos clandestinos. Os familiares precisam ficar atentos para não deixar o seu maior bem nessas condições.”

Consequências e responsabilidades legais

A responsável pelo asilo agora enfrentará consequências legais. Ela responderá por crimes relacionados ao exercício ilegal da profissão e pela exposição do idoso a situações de risco. O advogado dela, Jorge Luiz, negou as acusações de maus-tratos e afirmou que a questão se restringe a questões administrativas, dizendo: “Não existe maus-tratos em relação aos idosos.”

Essa situação é um claro exemplo da necessidade de vigilância e fiscalização rigorosa em instituições que cuidam de populações vulneráveis. Os idosos, que deveriam ser protegidos e respeitados, muitas vezes se tornam vítimas de negligência e descaso, e a sociedade deve se unir para garantir que locais seguros e autorizados sejam responsabilidades de todos.

Importância da denúncia

O ocorrido também ressalta a importância de denúncias por parte da população. Quem observar condições inadequadas em instituições deve acionar as autoridades competentes. O resgate de dez idosos deste asilo clandestino é um lembrete de que agir pode salvar vidas e que o cuidado com a saúde dos mais velhos deve estar acima de qualquer interesse financeiro.

A população deve continuar a se informar e se engajar em causas que protejam os direitos dos idosos. O fortalecimento de redes de apoio e a comunicação entre familiares e as autoridades são cruciais para evitar que casos semelhantes aconteçam no futuro.

Com a interdição deste asilo, espera-se que as autoridades intensifiquem as fiscalizações e que mais idosos em situações vulneráveis sejam protegidos e acolhidos em ambientes adequados e seguros.

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