O diretor regional do UNICEF para o Oriente Médio e Norte da África, Edouard Beigbeder, fez um apelo contundente à comunidade internacional sobre a situação devastadora das crianças na Faixa de Gaza. A tragédia que se desenrola na região levanta questões cruciais sobre a necessidade urgente de ação global. Com cifras alarmantes, o UNICEF destaca horror e desespero vividos pelas crianças. Neste contexto, mais de 50 mil crianças foram mortas ou feridas desde outubro de 2023, revelando um custo humano inaceitável neste difícil cenário.
A guerra implacável contra as crianças
Desde o fim do cessar-fogo em 18 de março de 2024, a situação se agravou de forma trágica. Os últimos dados divulgados pelo UNICEF indicam que 1.309 crianças foram mortas e 3.738 ficaram feridas em apenas alguns meses. A gravidade dos acontecimentos foi manifestada por Beigbeder, que mencionou “imagens horríveis de dois ataques na região que serve como prova do custo inconcebível desta guerra implacável contra as crianças”.
As imagens angustiantes de corpos de crianças, como os da família al-Najjar em Khan Younis, revelam a brutalidade da situação. Apenas um dos dez irmãos da família sobreviveu, e ele está gravemente ferido. As condições em Gaza, onde ataques aéreos ocorrem constantemente, têm resultado em uma onda de desespero. Em um caso recente, uma criança ficou presa em uma escola em chamas, evidenciando a vulnerabilidade dos menores em meio ao caos.
Descaso e violência sistemática
Beigbeder enfatiza que essas crianças estão inseridas em uma “longa e comovente lista de horrores inimagináveis” que vão além das mortes. São graves violações de direitos, bloqueios de ajuda humanitária, fome, deslocamentos forçados e destruição de infraestrutura essencial, como hospitais, sistemas de água e escolas. A vida cotidiana na Faixa de Gaza está em colapso, com muitas famílias perdendo tudo em questão de momentos.
Apelo urgente à comunidade internacional
“Quantos outros meninos e meninas mortos serão necessários? Que nível de horror precisa ser transmitido ao vivo antes que a comunidade internacional se manifeste?” esses questionamentos refletem a angústia de Beigbeder. Durante anos, a comunidade global observou uma escalada nas hostilidades, mas a resposta tem sido insuficiente diante da magnitude da crise humanitária. O UNICEF reitera sua preocupação e pede ações decisivas para proteger os civis, em especial as crianças, e garantir o respeito ao direito internacional humanitário.
Com o apelo à comunidade internacional, o UNICEF demanda que todas as partes envolvidas no conflito deixem de lado a violência e permitam a entrega imediata de ajuda humanitária. A situação exige um compromisso real para salvar vidas e restaurar a dignidade da população afetada. O cenário actual em Gaza é um lembrete sombrio da necessidade de atenção e ação coletiva globais para enfrentar a crise humanitária que se desenrola e para proteger aqueles que não podem defender-se – as crianças.
A luta pela paz e pela vida das crianças em Gaza continua. A esperança é que a luz que brilha em suas vidas não seja apagada completamente e que um dia essa região possa conhecer a paz e a segurança que tanto merece.
(com Sir)
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