No último fim de semana, o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, recebeu o XV Simpósio Nacional das Famílias, um evento que reuniu cerca de 5 mil pessoas. Organizado pela Comissão Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o simpósio teve como tema central “Família peregrina da esperança”. Este evento é um precursor do Jubileu das Famílias, programado para começar na próxima sexta-feira, 30 de maio.
O secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Gleison De Paula Souza, participou do evento por meio de um discurso em vídeo, no qual destacou a importância de acolher as inquietações das famílias contemporâneas com um espírito missionário. “Agradeço por todo o trabalho que vocês vêm realizando, em comunhão com o Papa Leão XIV, para renovar nossa condição de Peregrinos da Esperança”, declarou o secretário, enfatizando a vitalidade do trabalho evangelizador da Igreja no Brasil.
Desafios e oportunidades na pastoral familiar
No simpósio, Gleison abordou diversos desafios que a Pastoral Familiar enfrenta atualmente. “A Pastoral Familiar no Brasil vive um tempo de extraordinário empenho missionário, mas os desafios são imensos”, afirmou ele. A mensagem ressoou especialmente entre os agentes da Pastoral, representantes de movimentos eclesiais e famílias que participaram ativamente do evento.
O secretário sublinhou a necessidade de um trabalho pastoral focado na experiência do perdão, vital para curar as relações familiares. “As crises fazem parte da história e do caminho das famílias”, continuou Gleison, sugerindo que o espírito do perdão pode ser um caminho essencial para a reconciliação. Ele citou o Papa Francisco, que frequentemente fala sobre a importância do perdão nas comunidades e nas famílias.
A força da união e da esperança nas famílias
O simpósio também foi uma oportunidade para unir experiências e fortalecer a esperança entre as famílias. Durante o evento, os participantes tiveram a chance de compartilhar suas vivências e desafios, promovendo um ambiente de acolhimento e aprendizado mútuo. A ideia de ser uma “família peregrina” reforça que todas as famílias estão em uma jornada contínua, enfrentando altos e baixos, mas com a certeza de que é através dessa caminhada que encontram suporte e esperança.
Durante seu discurso, Gleison convidou os participantes a “aprender com a missão de Pedro”, destacando a importância de manter a fé cristã firmemente plantada. Ele enfatizou que, ao guardarmos essa fé, podemos olhar para além de nosso grupo imediato, buscando conectar-se com todas as famílias que necessitam do amor de Deus em suas vidas.
O papel das famílias na construção de uma sociedade melhor
A presença maciça de representantes de diversas dioceses e paróquias no simpósio é um testemunho do compromisso da Igreja com o fortalecimento da família como célula fundamental da sociedade. Gleison lembrou que, nesse papel, é crucial não se fechar em círculos limitados, mas sim estender a mão para aqueles que estão fora, oferecendo o amor e a compreensão que muitas vezes são necessários nos desafios do dia a dia.
“Devemos ir ao encontro das inquietações das famílias de hoje. Este será o delicado serviço que poderemos oferecer”, afirmou o secretário. A mensagem ecoa o chamado à ação, lembrando que, como membros da comunidade de fé, a Igreja é chamada a ser um porto seguro para todos, especialmente para aqueles que enfrentam dificuldades.
À medida que o Jubileu das Famílias se aproxima, o evento em Aparecida não apenas inspirou os presentes, mas também plantou sementes de esperança que poderão germinar em várias comunidades em todo o Brasil. A jornada da família é, sem dúvida, uma peregrinação contínua, com cada passo sendo uma oportunidade de crescer em fé e união.
Com a passagem do tempo, é esperado que as reflexões e as experiências compartilhadas no XV Simpósio das Famílias se traduzam em ações concretas nas comunidades, promovendo um atendimento mais integral e efetivo às famílias brasileiras.
