Na audiência geral desta quarta-feira (28/05), realizada na Praça São Pedro, o Papa Leão XIV expressou profunda preocupação com os conflitos que afligem a Ucrânia e a Faixa de Gaza. Sua mensagem ressoou em todo o mundo, pedindo que o ribombar das armas cesse, que a oração pela paz tome conta dos corações e que o diálogo seja priorizado em vez da violência.
Um clamor pela paz
Os olhos de Leão XIV estavam voltados para os efeitos devastadores da guerra. “As imagens de corpos de crianças sem vida e casas destruídas refletem a dor e a tristeza de milhões”, afirmou o pontífice. Desde sua eleição, ele não tem poupado esforços em clamar pela paz, reiterando a necessidade de proteger civis em meio ao conflito. O seu apelo, ao final da audiência geral, foi direcionado especialmente ao povo ucraniano, que enfrenta ataques frequentes contra a população civil e a infraestrutura.
O Papa mencionou o fato de que, enquanto a guerra avança, esforços diplomáticos estão sendo realizados. Ele se referiu à proposta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de convocar uma cúpula com os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, em uma tentativa de estabelecer um cessar-fogo. “Asseguro minha proximidade e minhas orações por todas as vítimas, especialmente pelas crianças e famílias”, enfatizou o Papa.
O pontífice também pediu que a comunidade internacional se una em oração pela paz, não apenas na Ucrânia, mas em todas as regiões do mundo onde a guerra causa sofrimento. “Peço que nos unamos e liguemos nossas vozes em um grito por paz”, ressaltou Leão XIV.
O sofrimento em Gaza
A situação na Faixa de Gaza é igualmente alarmante. O sofrimento se intensifica com relatos de mães e pais que lamentam a perda de seus filhos, abraçando os corpos sem vida deles. O Papa não se deixou abater pelo cenário doloroso e33333 reiterou seu chamado: “Cesse o fogo, todos os reféns devem ser libertados e o direito humanitário precisa ser respeitado”, declarou.
Os números divulgados pelo UNICEF são chocantes. Desde outubro de 2023, mais de 50 mil crianças foram mortas ou feridas em decorrência do conflito. “A nossa compaixão deve ser mais forte que o ódio”, ressaltou Leão XIV, ao pedir que líderes mundiais tomem uma posição firme em favor da paz e da proteção dos direitos humanos.
A importância do diálogo
O Papa Leão XIV enfatizou que a solução para os conflitos armados deve passar pelo diálogo. “Sem diálogo, não há saída. A comunicação é a chave para a paz”, afirmou. As palavras do Papa ajudam a moldar uma abordagem mais humanista diante dos conflitos globais, lembrando que todas as vidas são valiosas e que a paz deve ser a prioridade em negociações internacionais.
Em momentos de interesses conflitantes, o Papa apela à humanidade compartilhada e à empatia que deve unir todos os povos. “Nós somos todos irmãos e irmãs, não importa a nacionalidade ou religião. Precisamos parar de ver os outros como inimigos e começar a enxergá-los como parte de nossa própria família”, finalizou.
As mensagens de compaixão e solidariedade do Papa ressoam em um mundo que, muitas vezes, se esquece da dor do próximo. Seu pedido por paz é um lembrete poderoso da necessidade de um compromisso global na construção de um futuro onde o entendimento e a convivência pacífica prevaleçam sobre o conflito e a violência.
Leão XIV concluiu sua audiência geral com uma oração pela paz e um convite a todos para que se unam em suas preces, reforçando a ideia de que a paz é uma construção coletiva que exige o esforço de todos. Sua liderança religiosa traz luz em tempos sombrios, oferecendo esperança e um caminho claro para a reconciliação.