Brasil, 30 de maio de 2025
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O Papa Leão XVI reflete sobre a parábola do Bom Samaritano

Durante a Audiência Geral, Papa fala sobre compaixão e humanidade a partir da famosa parábola do Bom Samaritano.

Na Audiência Geral desta quarta-feira, dia 28 de maio, realizada na Praça São Pedro, em Roma, o Papa Leão XVI deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre as parábolas do Evangelho. O Pontífice escolhido para refletir sobre a parábola do Bom Samaritano, uma poderosa lição de humanidade e compaixão, incentivou os fiéis a confrontarem suas próprias ações e escolhas diante da fragilidade dos outros.

Reflexões sobre a fragilidade humana

Cerca de 40 mil fiéis compareceram na Audiência, aproveitando um dia ensolarado para ouvir a mensagem do Papa. Leão XVI ressaltou que as parábolas têm o poder de nos abrir à esperança, pois muitas vezes nos encontramos presos a perspectivas rígidas e limitadas. Dalí, o Papa questionou: “Quando seremos capazes de parar a nossa viagem e ter compaixão?”

Ao mencionar a história do Bom Samaritano, que se encontra em Lucas 10, 25-37, Leão XVI propôs uma reflexão profunda. Um doutor da Lei pergunta a Jesus quem deve ser amado como próximo, e o Senhor inverte a pergunta: ao invés de perguntar quem é o próximo, devemos nos perguntar como podemos ser próximos daqueles que necessitam.

A jornada do homem ferido

A parábola ilustra a viagem de um homem que desce de Jerusalém a Jericó e se depara com a violência e o abandono. O Papa associou essa trajetória ao caminho da vida, repleta de desafios. “A vida é feita de encontros, e nesses encontros nos revelamos quem somos. Encontramo-nos perante o outro, com suas fragilidades, e podemos decidir entre cuidar ou ignorar”, ele afirmou.

A compaixão como um ato humano

No relato, um sacerdote e um levita passam pelo homem ferido, mas não param para ajudá-lo. Leão XVI observou que o culto e as práticas religiosas não garantem compaixão. “Antes de sermos crentes, somos chamados a ser humanos”, afirmou ele, enfatizando que a compaixão deve ser expressão da humanidade e não apenas de obrigações religiosas.

O Papa também destacava a pressa como um obstáculo para a compaixão. Às vezes, a urgência da vida moderna nos impede de oferecer auxílio aos que precisam. “Aquele que pensa que sua própria viagem deve ter prioridade não está disposto a parar por um outro”, advertiu o Pontífice, em contraste com o Bom Samaritano, que se aproximou do necessitado sem hesitações.

Gestos concretos de amor

O Bom Samaritano é descrito como alguém que se envolve e se “suje” para ajudar. Ele cuida do ferido com ações concretas, tornando-se um exemplo vivo do que significa amar ao próximo. “A compaixão deve ser expressa em gestos concretos. O verdadeiro amor requer envolvimento, e muitas vezes, precisamos nos dispor a mais do que o mínimo”, destacou Leão XVI. “O outro não é um pacote para ser entregue, mas alguém para cuidar”, ele concluiu.

“Queridos irmãos e irmãs, quando é que nós também seremos capazes de parar a nossa viagem e ter compaixão? Quando compreendermos que aquele homem ferido na estrada representa cada um de nós. E então a recordação de todas as vezes que Jesus parou para cuidar de nós, vai nos tornar mais capazes de sentir compaixão. Rezemos, então, para que possamos crescer em humanidade, para que as nossas relações sejam mais verdadeiras e ricas em compaixão.”

O apelo do Papa não apenas desafia cada um de nós a inverter nossa perspectiva sobre o próximo, mas também nos lembra da necessidade de olharmos para o outro com empatia e compaixão. Em um mundo que muitas vezes prioriza interesses pessoais, a mensagem do Bom Samaritano é um chamado à ação.

A Audiência Geral, além de ser um momento de oração e reflexão, se torna uma oportunidade para que os fiéis reavaliem suas ações diárias e busquem uma vida mais plena, marcada pela solidariedade e pelo amor ao próximo.

Para mais detalhes sobre a mensagem do Papa, acesse Vatican News.

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