O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações inusitadas nesta quarta-feira, ao afirmar que “Deus deixou o sertão sem água” porque sabia que ele se tornaria presidente e traria o recurso para o Nordeste. Esta afirmação aconteceu durante a cerimônia de entrega do 1º Trecho do Ramal do Apodi, na Barragem Redondo, na Paraíba, como parte do plano de transposição do Rio São Francisco, um projeto que promete transformar a realidade de milhões de nordestinos.
Transposição do Rio São Francisco: uma obra esperada por décadas
Históricos planos de transposição do Rio São Francisco remontam a 179 anos, e como lembrou Lula, muitos duvidavam que a obra fosse realizada. “Era uma obra que muita gente não acreditava que a gente fosse fazer. Porque fazia 179 anos. Não estou falando de dez anos, estou falando de 179 anos que se prometia água para essa região. E eu, graças a Deus, descobri uma coisa: Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu ia ser presidente da República e ia trazer água pra cá”, declarou o presidente.
A transposição é vista como vital para o desenvolvimento da região, que enfrenta sérios problemas hídricos. A água representa esperança de vida, trabalho e dignidade para os habitantes do sertão. A obra é parte integral do compromisso do governo de transformar a paisagem social e econômica do Nordeste, historicamente penalizada pela seca.
Programas sociais: ações para reverter a popularidade
Além da transposição, o presidente Lula anunciou que planeja viajar pelo Brasil para divulgar novos programas voltados para a reforma de moradias, financiamentos de motocicletas para trabalhadores e iniciativas para barateamento do gás de cozinha. Estas ações respondem a um cenário de queda na popularidade do presidente, que busca reconquistar a confiança da população através de medidas que visam direto a melhoria imediate do dia a dia do brasileiro.
“Vamos anunciar programa logo para crédito para reforma de casa. O cara não quer comprar uma casa, quer fazer um banheiro a mais na casa dele, um quartinho pro neto ou para o filho, uma garagem a mais pro carrinho dele. Também estou pensando linha de crédito para financiar moto para os entregadores de comida para eles não passarem privações”, disse Lula durante seu discurso.
Combate à alta do gás de cozinha
Preocupado com a disparidade nos preços do gás de cozinha, que podem chegar até R$ 140 em alguns estados, Lula prometeu ações concretas para assegurar que o produto chegue à população mais carente a um preço justo. “Hoje, a Petrobras manda gás de cozinha a R$ 37. Tem estado em que é R$ 140. E isso está errado. Vocês não podem pagar R$ 140 por uma coisa que custa R$ 37. Quando eu fizer tudo isso, vou começar a viajar o Brasil”, afirmou.
Esses programas são fundamentais não apenas para aliviar o sofrimento da população, mas também para reafirmar o compromisso do governo com o desenvolvimento social e econômico do país, especialmente em tempos desafiadores.
Repúdio ao negacionismo e compromisso com a educação
Sem citar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula teceu críticas ao que chamou de “governo negacionista”, que, segundo ele, subestimou a gravidade da pandemia de Covid-19 e disseminou notícias falsas. “Nunca mais esse país terá presidente negacionista, que brincou com a Covid, mentia descaradamente. Esse país tem que ter presidente que viaja o Brasil, que tenha pé no chão, que cuide da educação”, disse durante a cerimônia.
O presidente enfatizou a importância do investimento em educação e no futuro dos jovens brasileiros, reforçando que o Brasil deve seguir um caminho de progresso e responsabilidade social, onde as prioridades sejam a educação e o bem-estar da população.
Os anuncios feitos por Lula têm grande potencial de impactar a vida dos cidadãos, reafirmando a esperança de dias melhores no sertão e em todo o Brasil. Agora, resta esperar pelo cumprimento das promessas e o retorno dos programas sociais que buscam restaurar direitos e dignidade aos brasileiros.