Brasil, 29 de maio de 2025
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Lista tríplice feminina para o TSE é definida por Cármen Lúcia

A lista com as candidatas para o TSE visa incluir mulheres na Corte. Ministros do STF devem se pronunciar nesta quarta-feira.

A composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está prestes a passar por uma mudança significativa, com a apresentação da lista tríplice exclusivamente feminina para a vaga de ministro. A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, já definiu os nomes que devem ser apreciados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira. A iniciativa representa um passo importante rumo à maior inclusão das mulheres em posições de liderança no sistema judiciário brasileiro.

Análise das candidatas

A lista proposta inclui três destacadas advogadas: Cristina Maria Gama Neves da Silva, Estela Aranha e Vera Lúcia Araújo. Cristina já ocupa o cargo de desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), enquanto Estela Aranha teve atuação relevante no Ministério da Justiça, durante a gestão de Flávio Dino. Vera Lúcia, que atualmente é ministra substituta do TSE, possui uma vasta experiência na defesa dos Direitos Humanos. A presença dessas mulheres na lista não apenas reforça a representatividade, mas também a qualidade técnica que cada uma delas traz para a Corte.

A importância da inclusão feminina

Como relatado pelo jornal O GLOBO, a expectativa é que o STF aprove duas listas nesta quarta-feira, sendo uma delas composta exclusivamente por mulheres. A decisão de Cármen Lúcia em elaborar uma lista tríplice inteiramente feminina é estratégica. O objetivo é garantir uma representação feminina significativa nas eleições de 2026, uma vez que sua saída do TSE está prevista para agosto do mesmo ano, além da saída da ministra Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Essa mudança demonstra a preocupação da presidente do TSE em assegurar que o tribunal tenha uma voz feminina em momentos críticos.

Estratégia politicamente significativa

Elaborar duas listas tríplices em vez de uma lista sêxtupla envia uma mensagem clara ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será responsável por nomear os novos ministros. A escolha de Cármen Lúcia é um apelo à inclusão de uma mulher na composição final. O processo de escolha dos ministros da advocacia acontece em duas etapas, nas quais primeiro o STF avalia as candidaturas e, em seguida, é de responsabilidade do Executivo escolher os nomeados. Isso ressalta a proatividade da ministra em incentivar o presidente a considerar uma mulher entre as escolhas.

Movimentação no TSE

As mudanças no TSE são impulsionadas pelo fim dos mandatos dos ministros André Ramos Tavares e Floriano de Azevedo Marques, que foram escolhidos por Alexandre de Moraes dois anos atrás. O plano é que uma das listas contenha os nomes desses dois ministros, que têm a possibilidade de renovar seus mandatos por mais dois anos. De acordo com informações apuradas pelo GLOBO, a lista composta pelos ministros homens deve incluir Floriano, Ramos Tavares e José Levi do Amaral, que já teve uma passagem pelo Ministério da Justiça e atuou no TSE durante a administração de Moraes.

No total, a composição do TSE atualmente é formada por três ministros do STF, dois ministros do STJ e dois advogados indicados pelo Supremo. Com a presença de Cármen Lúcia e Isabel Gallotti, além dos ministros Nunes Marques, André Mendonça e Antônio Carlos Ferreira, a Corte se prepara para importantes decisões referentes às eleições que se aproximam.

A proposta de criar uma lista tríplice totalmente feminina para o TSE é um reflexo da evolução da sociedade e das mudanças necessárias para promover a diversidade e a inclusão. À medida que a Justiça brasileira avança, o TSE se posiciona como um pilar de igualdade, buscando refletir a pluralidade de vozes que compõem o nosso país.

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