Brasil, 30 de maio de 2025
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Governo usará R$ 1,4 bi de fundos para compensar recuo no IOF

Medida visa equilibrar arrecadação após mudança parcial no aumento do imposto sobre operações financeiras

O governo federal anunciou que irá utilizar R$ 1,4 bilhão de fundos públicos para compensar o recuo em trechos do decreto que alterou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão visa mitigar o impacto da revogação parcial das elevações nas alíquotas, que gerou tensões internas e instabilidade no mercado financeiro.

Entenda o contexto do recuo no aumento do IOF

  • Na semana passada, a equipe econômica anunciou altas no IOF com o objetivo de ampliar a arrecadação e equilibrar as contas públicas e, posteriormente, revogou parcialmente a medida devido à repercussão negativa.
  • A revogação inclui ajustes nas aplicações de fundos no exterior e remessas internacionais por pessoas físicas, enquanto as altas na compra de moeda estrangeira e créditos para empresas permanecem.
  • A arrecadação inicialmente estimada com as mudanças era de R$ 20,5 bilhões em 2025, mas o valor deve ser revisto após o recuo na elevação do imposto.

Alternativas para compensar a arrecadação desejada

Segundo o Ministério da Fazenda, os recursos para compensação virão de saque de fundos não comprometidos do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC). Essa estratégia busca manter a arrecadação prevista, apesar do recuo no aumento do IOF.

Reações e próximos passos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo tem até o final da semana para decidir as medidas de compensação, uma vez que a arrecadação prevista é crucial para o controle dos gastos públicos. Haddad também se reunirá nesta terça-feira (28/5), às 20h, com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, na Residência Oficial do Senado para discutir o assunto.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, o governo estuda alternativas e está disposto a fazer revisões e ajustes necessários para garantir a arrecadação sem prejudicar o equilíbrio fiscal do país.

“Nós vamos nos debruçar às alternativas (…) para que a gente faça uma avaliação cuidadosa, séria, mas faça uma avaliação do que é melhor para o país neste momento”, afirmou Durigan.

Apesar do recuo, permanecem em vigor os aumentos de IOF para gastos no exterior e para operações de seguro de vida, como o VGBL. A crise gerada pela decisão evidencia a delicada composição das finanças públicas e a resistência do mercado às mudanças abruptas no cenário tributário.

Perspectivas futuras

A expectativa do governo é que, com a liberação dos recursos dos fundos, seja possível manter o equilíbrio fiscal e evitar desequilíbrios que possam prejudicar a economia. A reunião desta terça deve definir as estratégias finais de compensação e ajustes na política de arrecadação.

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