A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que, com o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o custo efetivo do crédito no Brasil pode variar entre 14,5% e 40%, conforme estimativas da entidade. A medida, anunciada pelo governo federal, visa assegurar o equilíbrio fiscal, mas preocupa o setor bancário e as empresas de menor porte.
Impacto no setor de crédito e na economia
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou que o impacto no custo do crédito será “severo”, principalmente para micro, pequenas e médias empresas. “Esse é um dado que certamente sensibilizou o Ministério da Fazenda, que abriu diálogo para analisar alternativas”, destacou Sidney, após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e representantes dos maiores bancos privados do país, na sede do ministério em Brasília.
Aumento do IOF e suas justificativas
- O governo publicou a regulamentação da tributação do IOF sobre operações de crédito, câmbio e seguro, com o objetivo de garantir o equilíbrio fiscal e criar harmonia entre política fiscal e monetária.
- Segundo o Ministério da Fazenda, a medida busca reforçar a arrecadação, com estimativa inicial de R$ 20,5 bilhões em 2025. Contudo, com o ajuste na regulamentação, o cálculo da arrecadação será revisado, e o novo valor ainda não foi divulgado.
- No mesmo dia, o governo decidiu revogar a elevação do IOF para aplicações de fundos nacionais no exterior, mantendo a alíquota zerada nesse caso.
Setor bancário é contra aumento de impostos
Sidney destacou que a Febraban é contrária ao aumento do IOF, preferindo um debate “construtivo” com a Fazenda. “Neste momento, criticar seria a parte mais fácil, mas optamos por dialogar”, afirmou. Ele reforçou que o país precisa equilibrar suas contas públicas, mas destacou que esse equilíbrio “não deve se dar pelo aumento de impostos”.
Perspectivas futuras e possíveis impactos
A expectativa é de que o aumento do IOF possa encarecer linhas de crédito, restringindo o acesso ao financiamento para empresas e consumidores. Especialistas apontam que essa medida pode dificultar o crescimento do setor produtivo e impactar o ritmo da economia nacional nos próximos anos.
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