Brasil, 30 de maio de 2025
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Exposição ‘O Rio Judaico’ resgata a história da comunidade judaica

A mostra apresenta imagens raras e a contribuição da comunidade judaica para o Rio de Janeiro, em cartaz até 30 de maio.

A cidade do Rio de Janeiro abriga até o dia 30 de maio a exposição “O Rio Judaico: a cidade pelo olhar de Samuel Malamud”, que destaca a rica história da comunidade judaica na capital fluminense. Com imagens inéditas, a mostra é uma homenagem ao legado de um dos primeiros bairros judaicos da cidade, revelando a influência e a contribuição desse grupo na formação do Brasil.

Um olhar sobre a comunidade judaica no Rio

As fotografias expostas no saguão da Câmara Municipal do Rio pertencem ao acervo de Samuel Malamud, um judeu ucraniano que se estabeleceu no Brasil e tornou-se o primeiro cônsul de Israel no país. A exposição é uma oportunidade de revisitar a história da comunidade judaica e seu papel na vida cultural e social do Rio, especialmente durante o século XX.

Entre as relíquias exibidas está uma das últimas imagens da famosa Praça Onze, que foi demolida em 1941 para a abertura da Avenida Presidente Vargas. A praça, conhecida como o berço do samba, era um ponto de encontro multicultural, onde judeus, árabes, negros e imigrantes de diversas nacionalidades conviviam e compartilhavam experiências.

Um espaço de convivência multicultural

Durante a abertura da mostra, Elizeu Santiago, presidente do Arquivo Geral do Rio, destacou a importância da Praça Onze, que foi a primeira escola pública municipal em prédio próprio. Ele ressaltou que “frequentada por uma população extremamente diversa, talvez tenha sido o bairro mais cosmopolita do Brasil naquela época”, reforçando como a história da comunidade judaica está intrinsecamente ligada à do país.

Legado de Samuel Malamud

Samuel Malamud, além de ser um líder comunitário, foi fundamental na preservação da memória judaica no Rio de Janeiro. Sua filha, Ilana Malamud, expressou sua satisfação com a realização da exposição, afirmando que “é a concretização do sonho que ele teve”. Para ela, “falar da história dos judeus na Praça Onze é falar da história do Brasil, uma parte que muitos desconhecem”.

A exposição não só revela a intensa vida comunitária da região, que abrigava alfaiatarias e o famoso restaurante israelita, como também apresenta uma das maiores concentrações judaicas da história da cidade. As fotos, que fazem parte do acervo do Arquivo Geral da Cidade, são um convite à reflexão sobre a diversidade cultural que caracteriza o Rio de Janeiro.

Cultura e diversidade

O vereador Flávio Valle, responsável por trazer a mostra à Câmara, enfatizou a relevância do evento para o público: “Democratizar o acesso à cultura e à informação é essencial. Esses registros ajudam a relembrar a contribuição da comunidade judaica na construção do Rio de Janeiro”. Essa ressalva destaca a importância de iniciativas que promovem a diversidade e a inclusividade na cidade.

Histórias que se entrelaçam

Ainda na exposição, os visitantes podem encontrar curiosidades históricas, como uma imagem de Albert Einstein em sua visita à Fiocruz, em 1928, e uma carta enviada a Samuel Malamud pelo renomado físico. Outro destaque é a foto de Malamud ao lado do escritor austríaco Stefan Zweig, que se tornou um famoso defensor da convivência pacífica entre palestinos e israelenses. Elizeu Santiago menciona que “em tempos de polarização, é fundamental resgatar o legado de figuras como Einstein e Malamud”.

Serviço e visitação

Para aqueles que desejam conhecer mais sobre essa rica história, a exposição “O Rio Judaico: a cidade pelo olhar de Samuel Malamud” está disponível para visitação até o dia 30 de maio, das 10h às 17h, no saguão do Palácio Pedro Ernesto, localizado na Praça Floriano, no Centro do Rio de Janeiro.

Não perca a oportunidade de mergulhar na história e apreciar as contribuições significativas da comunidade judaica para a formação da cultura carioca, além de celebrar a diversidade que é marca registrada do Rio de Janeiro.

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