Brasil, 29 de maio de 2025
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Dólar e Ibovespa reagem à expectativa por dados econômicos e decisões internacionais

O dólar recuou 0,53%, cotado a R$ 5,6451, e o Ibovespa fechou em alta de 1,02%, refletindo expectativas sobre inflação e negociações globais

Nesta quarta-feira (28), o mercado financeiro brasileiro manteve a atenção nas próximas divulgações econômicas e nas negociações internacionais, com o dólar em leve alta e o Ibovespa em forte recuperação, após otimismo na véspera. Às 9h02, o dólar abriu cotado a R$ 5,6524, enquanto o índice acionário se prepara para operar após as 10h.

Expectativas e indicadores econômicos no Brasil

O mercado aguarda a divulgação do saldo de empregos do Brasil pelo Caged e a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos Estados Unidos, que podem influenciar a política de juros no país. Na terça-feira (27), o destaque foi o IPCA-15, prévia da inflação oficial, que apresentou alta de 0,36%, abaixo do esperado de 0,44%.

Segundo Rafael Cardoso, economista-chefe do Banco Daycoval, a inflação mais controlada dá ao Banco Central maior conforto para decidir sobre a continuidade do ciclo de aumento de juros. “Essa inflação mais comportada ajuda a sinalizar que o ciclo de alta da Selic pode se encerrar ou ser moderado”, afirmou.

Impacto da inflação e agenda econômica

Além do IPCA-15, o mercado acompanha dados de desemprego e de PIB, previstos para serem divulgados nesta quinta (29) e sexta-feira (30), respectivamente. Essas informações são essenciais para avaliar a trajetória da política monetária e seu impacto nas ações, títulos públicos e câmbio.

Pontuação do dólar e Ibovespa

Até esta quarta-feira, o dólar acumulou uma queda de 0,02% na semana e 8,65% no ano, valorizando-se frente ao real ao longo dos últimos meses. Já o Ibovespa, por sua vez, acumulou ganho de 1,25% na semana, 3,31% no mês e 16,01% no ano, refletindo o otimismo dos investidores com as perspectivas econômicas.

Pressões políticas e expectativas no cenário externo

No âmbito interno, o debate sobre o aumento do IOF preocupa o mercado, diante das propostas do Congresso para suspender a medida que visa arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025. Críticos apontam que o aumento tributário parece mais uma tentativa de aumento de receita do que uma estratégia de controle de gastos públicos.

Na economia internacional, os mercados reagiram positivamente ao adiamento das tarifas dos Estados Unidos contra a União Europeia, inicialmente previstas para junho, agora aguardada para 9 de julho. Trump também reforçou a intenção de acelerar negociações, considerando a possibilidade de acordos comerciais mais favoráveis.

Alívio nas tensões comerciais e seus efeitos

O adiamento das tarifas de 50% sobre produtos europeus aliviou temporariamente a pressão sobre as cadeias de produção, reduzindo riscos de impacto inflacionário global. A expectativa é que esse clima de negociação mais favorável contribua para estabilidade nos mercados de ações e câmbio.

Para entender o movimento do mercado nesta semana e as possíveis próximas ações, é fundamental acompanhar os próximos indicadores econômicos e os desdobramentos nas negociações internacionais, que podem influenciar os preços e os juros no Brasil.

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