Brasil, 30 de maio de 2025
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Copa do Brasil feminina retorna com novas equipes e competição acirrada

Com 32 clubes em disputa, a Copa do Brasil feminina promete ser mais competitiva após nove anos sem campeã.

Depois de nove anos, o futebol brasileiro terá uma nova campeã da Copa do Brasil feminina. A partir desta quarta-feira, 32 equipes se enfrentarão em um formato mata-mata, com partida única e a possibilidade de decisão por pênaltis, para descobrir quem ficará com o tão cobiçado título. Ao todo, 65 clubes das três divisões nacionais e das 27 federações do país participarão da disputa, que é parte dos esforços da CBF para investir e desenvolver o futebol feminino no Brasil.

Representatividade nas competições

Na última quarta-feira, Juventude-SE e Paraíso-TO disputaram a fase preliminar, que terminou favoravelmente para o time nordestino, que avançou nos pênaltis após um empate sem gols. Este duelo foi promovido pela CBF de modo a garantir a participação de todas as federações brasileiras no torneio. A inclusão do atual campeão tocantinense, que era o único representante ausente das três divisões nacionais, ilustra um esforço por maior inclusão e representatividade no futebol feminino.

Confrontos das fases iniciais da Copa do Brasil
Confrontos das fases iniciais da Copa do Brasil — Foto: Editoria de Arte

Distribuição dos clubes e próximos desafios

Embora todos os estados brasileiros e o Distrito Federal tenham representantes na Copa do Brasil, a concentração de equipes é maior no Sudeste, que conta com 20 times (30,8% do total). O estado de São Paulo é responsável por metade deles. A maioria dos clubes que participam é da primeira divisão, com nove representantes. As regiões Nordeste e Norte, que aparecem a seguir na lista de representatividade, têm, respectivamente, 15 e 14 clubes, que são predominantemente da terceira divisão.

Entre quarta e quinta-feira, 16 partidas decidirão quem avança para a segunda fase, onde os clubes classificados já conhecerão seus adversários na próxima segunda-feira, mediante um sorteio que irá incluir as 16 equipes da segunda divisão nacional. Os jogos da segunda fase estão programados para o dia 11 de junho.

Os vencedores dessas partidas enfrentarão clubes da elite nacional em confrontos que estão inicialmente marcados para o dia 6 de setembro. A competição deve se estender até novembro, totalizando seis meses de torneio, e pode levar a uma agenda de compromissos ainda maior para os clubes da Série A3, que termina em junho.

Impacto no desenvolvimento do futebol feminino

A volta da Copa do Brasil feminina é vista como uma oportunidade de melhorias e desenvolvimento do esporte. Para Thaissan Passos, treinadora do Grêmio, a competição é de “extrema importância” para o país. “Por muito tempo, a Copa do Brasil foi a única competição que muitas equipes, especialmente aquelas fora dos grandes centros do futebol feminino, tinham. Com a competição, conseguimos criar oportunidades para que outras equipes sejam vistas e elevamos o nível da competição”, analisa a treinadora.

Participantes da Copa do Brasil divididos por região
Participantes da Copa do Brasil divididos por região — Foto: Editoria de Arte

Ela também destaca a importância de um calendário completo de competições femininas, que inclui a Supercopa do Brasil, realizada em janeiro. Os estaduais, programados entre agosto e dezembro, contribuirão para dar suporte ao desenvolvimento do futebol feminino e ajudar na formação de novas atletas para a seleção brasileira.

Desafios e expectativas para o futuro

A Copa do Brasil feminina foi disputada pela primeira vez em 1994, reconhecendo um longo caminho desde a revogação do decreto que proibia a prática do futebol pelas mulheres. A competição viu o domínio do Vasco, que venceu três das cinco primeiras edições. Hoje, as expectativas estão altas, com clubes como o São Paulo, que foi vice-campeão brasileiro em 2024 e campeão da Supercopa deste ano, entre os favoritos.

Ainda assim, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) precisa confirmar detalhes sobre a premiação especial para as equipes vencedoras e se haverá bônus por desempenho, o que poderá ampliar o apoio financeiro aos clubes. Recentemente, o novo presidente da CBF, Samir Xaud, declarou a intenção de implementar uma “revolução no futebol feminino”, prometendo aumentar os investimentos e valorizar ainda mais as competições.

Em suma, a Copa do Brasil feminina volta com força e representatividade, trazendo não apenas a emoção dos jogos, mas também uma esperança renovada de um futuro mais promissor para o futebol feminino no Brasil.

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