Brasil, 30 de maio de 2025
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Cedae como moeda de troca na disputa política do Rio

A articulação política por trás da candidatura de Rodrigo Bacellar ao governo do Rio envolve a Cedae e a saída de Thiago Pampolha.

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A recente movimentação política no estado do Rio de Janeiro ganhou destaque por conta das articulações envolvendo a Companhia de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae) e a candidatura do deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil) ao governo. O vice-governador Thiago Pampolha (MDB), que havia se posicionado como um forte candidato, foi afastado do caminho através de uma série de acordos que revelam a complexidade e a intriga da política local.

Cedae: uma peça chave na articulação política

A ajuda política e financeira prometida ao grupo de Bacellar não envolveu apenas um gesto amigável, mas também a entrega da Cedae “porteira fechada”. Essa estratégia de articulação,, claramente, busca influenciar o cenário eleitoral e estabelecer um domínio político por meio da ocupação de cargos estratégicos na estatal. A presidência da Cedae foi prometida a Philipe Campello, atual superintendente da Vice-governadoria, enquanto o coronel do Corpo de Bombeiros, Leandro Monteiro, também receberá uma diretoria na Cedae.

A recuperação financeira da Cedae

Com a concessão do saneamento assinada pelo governador Cláudio Castro em 2021, muitos se perguntam qual o impacto real da Cedae na operabilidade do sistema de abastecimento de água do estado. Embora a empresa tenha apresentado lucro de R$ 443 milhões no primeiro semestre do ano passado, sua função continua crítica, uma vez que as concessionárias precisam comprar água da Cedae para distribuir à população. Em breve, a empresa deve apresentar um balanço ainda mais impressionante, com um superávit anunciado acima de R$ 1 bilhão.

Consequências políticas e jurídicas do controle estatal

Com o grupo político de Pampolha à frente da Cedae, um número considerável de cargos poderá ser nomeado fora do Diário Oficial, o que levanta preocupações sobre a transparência e a legalidade dessas nomeações. Além disso, o setor jurídico da estatal, que possui contratos volumosos com escritórios de advocacia, também será gerido politicamente, o que pode resultar em gasto excessivo e falta de competividade por meio da realização de contratos inflacionados.

Durante sua participação anterior como vice-governador, Pampolha havia negado qualquer tipo de negociação ou influência sobre o processo. Ele se posicionou como um candidato no processo eleitoral, afirmando que não aceitava ser apenas um vice decorativo. Contudo, o cenário mudou rapidamente, e seu pai, Domingos Gonçalves dos Santos, um empresário influente, passou a articular sua saída da corrida eleitoral, de forma a empoderar a candidatura de Bacellar.

A figura influente de Domingos Gonçalves dos Santos

Domingos, com um patrimônio superior a R$ 18 milhões e uma significativa participação em postos de gasolina no estado, demonstrou sua força política e empresarial ao direcionar o caminho de seu filho. A movimentação política após a entrevista de Pampolha para a newsletter do GLOBO, que tratou da sua condição de candidato, provocou uma operação de fiscalização de postos de gasolina, despertando atenção no meio político local. Isso ocorre em um contexto onde a família já havia enfrentado investigações no passado, tornando a situação ainda mais complexa.

No acordo selado com Bacellar, Domingos buscou não apenas a presidência da Cedae, mas também compromissos financeiros para outros membros da família que desejam concorrer nas próximas eleições. A irmã de Pampolha e o marido de uma prima mostram interesse em candidatar-se a cargos federais e estaduais, o que evidencia a estratégia familiar de ampliar a influência política.

Reações e impactos futuros

Procurado para se pronunciar sobre sua desistência, Pampolha afirmou que não faz mais parte do governo e que as futuras nomeações são de competência do governador. A movimentação contínua do ex-vice-governador, que nesta quinta-feira assume um cargo no Tribunal de Contas do Estado, deixa um rastro de interações políticas que podem ter consequências relevantes para o futuro político do estado.

As mudanças recentes no cenário político do Rio de Janeiro, com a Cedae como uma moeda de troca, levantam questões sobre a ética e transparência nas transações políticas, além de trazer à luz a interconexão entre influência familiar e o jogo político. A observação do cenário continua essencial para entender as dinâmicas que moldarão o futuro das políticas públicas e das disputas eleitorais no estado.

Para mais detalhes sobre a nova configuração da Cedae e o impacto na política do Rio, acesse o artigo completo aqui.

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