Brasil, 29 de maio de 2025
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Bolsonaro critica descontos de aposentados em vídeo e pede CPMI

O presidente Jair Bolsonaro denuncia descontos de aposentados e pede a abertura de CPMI para investigar sindicatos envolvidos no esquema.

No último vídeo divulgado, o presidente Jair Bolsonaro criticou as irregularidades nos descontos em contracheques de aposentados, afirmando que muitos deles se sentiram lesados ao serem vítimas de cobranças não autorizadas. Durante a conversa, ele revisou o contracheque de dois idosos que expuseram suas preocupações e relembrou a responsabilidade do governo em proteger essa faixa da população. O presidente não hesitou em mencionar diretamente um membro da família do ex-presidente Lula, implicando na crítica a atuação de alguns sindicatos.

Descontos indevidos e a defesa dos aposentados

Bolsonaro aponta que os descontos realizados em contracheques de aposentados e pensionistas são efetuados por associações que se dizem defensoras desses cidadãos. Segundo ele, “o desconto vem dos sindicatos e associações que se dizem defensores dos aposentados e pensionistas, mas, na verdade, a gente vê que há outra intenção”. Ele citou especificamente o irmão do ex-presidente Lula, que estaria ligado a um dos sindicatos que realizam esses descontos.

“Não existe crime mais terrível no país do que assaltar uma pessoa idosa”, declarou Bolsonaro, ressaltando a gravidade da situação. Com isso, o presidente aumentou as tensões entre seu governo e as instituições que atuam na defesa dos direitos dos aposentados.

A atuação do Sindicato Nacional dos Aposentados

A entidade mencionada por Bolsonaro é o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que, de acordo com dados apresentados, arrecadou cerca de R$ 90 milhões em 2023. Após a operação da Polícia Federal que expôs o esquema de descontos, o sindicato emitiu uma nota de solidariedade às investigações, se colocando como denunciante de irregularidades e afirmando que apoiará todos os procedimentos legais.

“Nós temos como lema que a aposentadoria é sagrada. Quem rouba, não cuida. Então, lamentavelmente, esse governo que está aí não cuida dos idosos”, disse o representante do Sindnapi. Ele acrescentou que muitos parlamentares estão indignados com a situação e que medidas serão tomadas para que os descontos sejam eliminados e os valores pagos retornem aos aposentados.

Pressão por abertura da CPMI

No mesmo vídeo, Bolsonaro fez um apelo claro pela abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as associações acusadas de participação no esquema irregular. Ele destacou a cobrança pela responsabilização dos sindicatos e pediu que todos os valores surripiados fossem devolvidos aos aposentados. “Nós queremos na CPM, que o PT não assinou, esclarecer todos esses assuntos e cobrar dos sindicatos e associações cada centavo surripiado”, afirmou o presidente.

O pedido pela CPMI foi protocolado no início deste mês e conta com o apoio de 41 senadores e 236 deputados. A instalação desse colegiado, crucial para a investigação, depende agora da autorização do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que já anunciou que permitirá a leitura do requerimento na próxima sessão conjunta do Congresso, que acontecerá dentro de três semanas.

Estratégia do governo e implicações políticas

Conforme reportado anteriormente pelo veículo O GLOBO, o prazo para instalação da CPMI corresponde à estratégia do governo federal, que busca adiar os trabalhos do colegiado para reorganizar sua base aliada. Essa manobra visa garantir uma maior estabilidade política antes do início das investigações, que podem trazer à tona importantes implicações sobre as relações entre os sindicatos e a administração pública.

O contexto atual revela um embate entre o governo e as associações que representam os aposentados, destacando a fragilidade das políticas de proteção aos idosos no Brasil. Com as críticas de Bolsonaro e o pedido pela CPMI, a expectativa é que novas revelações surjam nos próximos dias, impondo uma pressão maior sobre os envolvidos.

Essa questão é de suma importância para o futuro das políticas voltadas aos idosos no Brasil, trazendo à tona a necessidade de uma maior fiscalização e proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas, além de um debate mais profundo sobre as responsabilidades dos sindicatos e associações envolvidas.

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